Em comício, Haddad reúne 10 mil; Lula e Dilma repudiam ataques
“No dia 28 de outubro o paulistano dará o primeiro passo para desbloquear São Paulo e colocá-la nos caminhos de desenvolvimento”. Gritou, para os cerca de 10 mil militantes, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ao iniciar sua fala no comício realizado, neste sábado (20), no estádio do Canindé.
Joanne Mota, da redação do Vermelho
Publicado 21/10/2012 02:21
Além das presenças da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva, o evento reuniu diversas lideranças como a candidata a vice, Nádia Campeão (PCdoB); o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB); ministros de Estado; dirigentes sindicais e sociais; o presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo; e o presidente do PT, Rui Falcão.
Com a agitação da militância, Rui Falcão abriu o comício falando do avanço dos partidos progressistas nestas eleições, e reafirmou que nesta reta final da campanha a militância precisa manter a mobilização, pois a luta só acaba no dia 28.
Nádia Campeão (PCdoB) agradeceu o apoio declarado ao longo da campanha de cada cidadão e entidade social. Segundo a comunista, “caminhamos para o final de campanha e nesse momento a militância não pode tirar os pés da rua. A hora é de reforçar o coro e garantir que no dia 28 a vitória de Fernando Haddad”.
Aliança entre Prefeitura e Governo Federal
Com empolgação, Aloizio Mercadante, ministro da Educação, externou que a eleições de São Paulo carregam um simbolismo muito grande. “A vitória em São Paulo refletirá em todo o Brasil. Com Haddad na Prefeitura, uniremos Governo Municipal ao Governo Federal. Haddad fará por São Paulo o que fez pela Educação no Brasil”, frisou.
Gabriel Chalita, que acompanhou Michel Temer, agradeceu a participação massiva da militância e destacou que é com muita felicidade que compõe o grupo que olha para São Paulo com vontade de torná-la melhor. “Eleger Haddad e Nádia significa eleger pessoas que realmente se preocupam com nossa cidade. Estou feliz de compor este grupo, que junto com a presidenta Dilma Rousseff, tornará São Paulo mais humana”, externou Chalita.
Um homem novo
Durante seu discurso, Fernando Haddad voltou a falar de seu plano de governo e das metas que traçou para São Paulo, e lembrou que seu adversário não achou importante apresentar um plano de governo para os cidadãos paulistanos.
“Serra acha que o plano de governo não é importante, porque para ele o importante é dar continuidade a essa São Paulo construída por Kassab, uma São Paulo que não olha para o povo”, destacou.
Haddad também falou sobre a campanha agressiva empreendida pelo seu adversário. “Essa campanha de agressão não enfraquecerá nossa campanha. Juntos, desbloquearemos a cidade de São Paulo e a colocaremos em um novo circuito de desenvolvimento. Transformaremos São Paulo em um laboratório de políticas públicas”, externou o candidato.
“Aproveito a presença do companheiro Gabriel Chalita para dizer que nossa proposta é realizar um mandato baseado no interesse público. E se for eleito, faremos o possível para estabelecer um diálogo amplo com o governador Geraldo Alckmin”, finalizou Haddad.
Contra os ataques
Repudiando as agressões do candidato tucano contra Haddad, o ex-presidente Lula afirmou que “Serra é tudo e é nada ao mesmo tempo” e comparou José Serra a dois ex-presidentes da República: Fernando Collor e Jânio Quadros. Lula lembrou que “Serra não suportou nem a primeira chuva e saiu da Prefeitura para concorrer ao Governo. Ele deveria respeitar o povo e cumprir o mandato até o fim, mas sua sede de poder o impede
“Esse cidadão (José Serra) também já quis em outro momento ser prefeito, jurava amor
Lula também aproveitou a oportunidade para orientar Haddad a não cair no canto “raivoso” de Serra. O ex-presidente afirmou que José Serra está “cada dia mais raivoso” e não devemos cair no “jogo rasteiro do concorrente”.
“Falta uma semana. Você (Fernando Haddad) tem que saber que quando discursa ou fala para a TV e no Rádio, você não está respondendo para ele, mas para cada mulher e homem desta cidade. Você deve respeito aos milhões de paulistanos que acreditam em você. E te digo mais, sou daqueles que jamais vai te pedir cargo, mas vou te cobrar todo santo dia para cumprir o que você está prometendo”, disse Lula.
Com o mesmo tom, a presidenta da República Dilma Rousseff, que derrotou José Serra em 2010, acusou o tucano de repetir a campanha “baixo nível” nestas eleições.
“Eu queria aqui hoje falar pra vocês que o que Haddad está passando, eu também passei. O argumento que foi usado contra mim é muito parecido. Primeiro, disseram que eu era um poste, depois disseram que eu não tinha competência. Usaram de todos os argumentos contra mim. A mesma campanha baixo nível que agora fazem contra Fernando Haddad”, externou a presidenta.
Dilma também destacou o trabalho de Haddad à frente do Ministério da Educação e citou alguns dos programas implementados pelo petista. “Haddad fez uma verdadeira revolução na educação brasileira. Haddad sabe qual a importância de transformar São Paulo, e essa transformação é pela garantia de políticas que assegurem uma vida digna para o paulistano”.