Evo Morales inaugurará o Ano Internacional da Quinua na ONU
Em declaração à imprensa, nesta sexta-feira (12), o embaixador da Bolívia nas Nações Unidas, Sacha Llorenti, informou que o presidente da Bolívia, Evo Morales, encabeçará dentro de duas semanas nas Nações Unidas o início oficial do Ano Internacional da Quinua.
Publicado 13/10/2012 12:00
O diplomata explicou que o mandatário boliviano estará na cerimônia, prevista para 29 de outubro no plenário da Assembléia Geral, junto à Primeira Dama do Peru, Nadine Heredia de Humala.
Na oportunidade, a esposa do chefe de Estado peruano, Ollanta Humala, será nomeada nesse dia Embaixadora Especial de Programa Mundial de Alimentos da ONU para o Ano Internacional da Quinua, título que Morales ostenta desde junho passado.
A decisão de dedicar o 2013 a esse cereal preservado pelos indígenas andinos foi adotada pela Assembléia Geral em dezembro de 2011 em uma resolução que ratificou o alto valor nutritivo do alimento, superado só pela batata, ganhado inclusive do milho.
Segundo infomações, a ONU reconheceu que as práticas ancestrais dos povos originários de viver em harmonia com a natureza têm mantido, controlado, protegido e preservado a quinua em seu estado natural como alimento.
Assim mesmo, sublinhou a importância do cereal para conseguir a segurança alimentar, a nutrição e a erradicação da pobreza, metas incluídas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio lembrados pela ONU em 2000 para serem atingidos até 2015.
Llorenti também pontuou a necessidade de aumentar a consciência do público à respeito das propriedades nutritivas, econômicas, ambientais e culturais da quinua, cuja planta é originária do Lago Titicaca e data de cinco mil anos antes de Cristo.
O embaixador informou ainda que o dia de início do ano internacional incluirá ainda um painel de alto nível que tratará sobre o papel da quinua na segurança alimentar e nutricional e o direito dos povos à alimentação e a soberania alimentar.
Também versará a respeito da importância dos povos indígenas, dos saberes ancestrais e do desenvolvimento sustentável não-agressivo ao médio ambiente e a relação entre a quinua e seu potencial para enfrentar a mudança climática.
Fonte: Prensa Latina