Sem proposta, petroleiros discutem organização da greve
Petroleiros se reunem nesta quinta-feira (4) para avaliar campanha salarial e, se não houver acordo, preparar greve para a semana que vem. Petrobras diz que fará nova oferta até sexta-feira (5).
Publicado 04/10/2012 10:05
As negociações entre Petrobras e Federação Única dos Petroleiros (FUP) permaneceram em aberto após reunião realizada nesta quinta-feira (3), na sede da empresa, no Rio de Janeiro. A companhia não apresentou nova proposta de reajuste salarial à categoria, que ameaça entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 11.
Nesta quanta-feira (3), o Conselho Deliberativo da entidade se reúne para avaliação e – até segunda ordem – organizar a paralisação. A Petrobras informou, em nota, que apresentará nova proposta até sexta (5) e que tem expectativa de "chegar ao entendimento" com os sindicalistas para fechar o acordo coletivo.
A Federação destaca que terminou nesta quarta o prazo estabelecido pelos sindicatos para uma resposta da Petrobrás e que a empresa foi comunicada desde a semana passada sobre a rejeição em massa da sua atual proposta. Os trabalhadores cobraram uma nova proposta até o mais tardar na manhã desta quinta-feira, 04, data em que o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir para definir os próximos passos da campanha salarial e a organização da greve por tempo indeterminado, a partir do próximo dia 11.
Nota da Petrobrás
Em nota , a Petrobrás justificou que os atuais resultados da empresa não são bons, tanto no que diz respeito a produção, quanto aos indicadores financeiros, reiterando que deve apresentar até sexta-feira (05), uma “última e definitiva proposta".
Reivindicações
A FUP destacou em mesa os principais pontos considerados essenciais para a construção de um acordo com avanços para a categoria. São eles:
• Ganho real digno, compatível com a importância das atividades da Petrobrás para o país;
• Solução para o regramento das PLRs futuras;
• Equiparação das horas extras dos trabalhadores do administrativo com os trabalhadores de regimes especiais e horas extras a 120% nas paradas de manutenção;
• Pagamento dos feriados trabalhados no turno (extra-turno/dobradinha);
• Auxílio alimentação para todos os trabalhadores, como já é praticado na BR Distribuidora;
• Readequação da tabela do ATS (Adicional por Tempo de Serviço);
• Adicional de penosidade, como já foi conquistado por várias outras categorias;
• Cumprimento do ACT da Transpetro, que prevê a implantação da AMS para aposentados e pensionistas;
• Que nenhum trabalhador receba o abono proposto pela Petrobrás com valores inferiores ao que foi pago no ano passado.
Com informações do Portal da FUP