Marinha ocupa complexo na Zona Norte do Rio para garantir eleição
Para dar condições de segurança a funcionários do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e aos moradores às vésperas das eleições, centenas de fuzileiros navais ocuparam no início da tarde, desta segunda-feira (1º), o conjunto de favelas da Maré, área ainda dominada pelo tráfico de drogas na zona norte do Rio.
Publicado 01/10/2012 15:21
Toda a operação foi acompanhada pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Zveiter, acompanhou os fuzileiros navais que entraram na favela. A Marinha conta com 1.000 homens à disposição para a operação no complexo.
O comandante da tropa de reforço da Marinha, almirante Paulo Zuccaro afirma, porém, que não irá divulgar o efetivo empregado por segurança. "Nossa missão é prestar toda a segurança para o trabalho da Justiça Eleitoral e nesse sentido estamos prontos para preservar a integridade física da comunidade e de todos os funcionários da Justiça Eleitoral e do nosso próprio pessoal", disse o almirante.
Dois carros blindados do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram deslocados para dar apoio na operação dos fuzileiros navais.
"É um conjunto de sublocalidades. Elas foram apreciadas, analisadas e nós sabemos qual é o grau de força necessária para o emprego em cada uma dessas localidades. Cada ponto vai ter uma dosagem de força adequada para essa situação", explicou Zuccaro.
O almirante ainda afirmou que "a previsão é que nós tenhamos no dia de hoje um emprego na região de Fogo Cruzado [que fica entre as favelas Baixa do Sapateiro e Nova Holanda], amanhã vamos para a comunidade do Timbau, em seguida Baixa do Sapateiro, Parque União e Vila São João."
"Toda propaganda irregular em poste e prédio oficial será arrancada. A importância dessa ação é que a presença das Forças Armadas ajudam a garantir a segurnança dos funcionários e moradores durante as eleições. [Em caso de propaganda irregular], o candidato é identificado e é instalado um processo contra ele. A punição é multa e varia de acordo com a irregularidade", afirma Zveiter.
Com Folha de S. Paulo