Superátiv primário é o menor desde 2002

No ano, a economia atinge 74,225 bilhões de reais, ou 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro; a meta para o ano é chegar a 139,8 bilhões, ou 3,1% do PIB.

Segundo o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, o desempenho das contas públicas pode ser explicado pelos efeitos da crise financeira internacional. A atividade econômica e a arrecadação de impostos caem, com impacto nas contas públicas. Além disso, o governo promoveu desonerações ao longo deste ano para estimular a economia.

O déficit nominal – a diferença entre a arrecadação de impostos e os gastos – em agosto foi de 16,121 bilhões de reais; no ano, chega a 73,355 bilhões, 13,2% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Quando apresenta déficit nominal, o governo coloca títulos da dívida pública à venda para financiar as contas. A dívida líquida do setor público subiu 0,1 ponto percentual em agosto na comparação com julho, atingindo 35,1% do PIB. Em valores nominais, a dívida chegou a 1,522 trilhão de reais. A previsão ficou acima do esperado pelo Banco Central, que era de 34,8% do PIB.

Isto explica o crescimento da dívida pública em agosto; o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida, juros que chegaram a 19,118 bilhões de reais em agosto (e a 147,58 bilhões nos oito primeiros meses do ano). Mesmo assim, ficou abaixo do registrado até agosto de 2011, quando atingiram 21,663 bilhões de reais no mês e 160,207 bilhões na soma dos primeiros oito meses do ano.

Com informações da Agência Brasil