África realiza encontro de solidariedade a Cuba

Mais de cinco mil cubanos trabalham hoje na África, continente que promove uma maior cooperação com a ilha caribenha, segundo foi divulgado em um evento regional que concluiu esta semana naquele país. Cuba colabora em saúde pública, medicina, educação, agricultura, obras de infraestrutura e vacinas para controlar doenças, explicou a embaixadora cubana na Etiópia, Clara Pulido, no 4º Encontro Regional Africano de Solidariedade a Cuba.

"Temos uma história comum e devemos lutar por um objetivo comum", afirmou a diplomata, que também divulgou que o Grupo Empresarial Laboratório Farmacêutico (Labiofam) de Cuba, transfere tecnologias para o desenvolvimento de nações deste continente.

De acordo com Pulido, essa companhia desenvolve projetos para erradicar a malária e a agricultura. A colaboração cubana na África inclui o desenvolvimento do programa de alfabetização e em outras áreas.

Em sua exposição perante o plenário, ofereceu uma ampla visão sobre a cooperação da ilha com esta região e assegurou que há muitas possibilidades em biotecnologia, comércio e investimentos.

Nesta era é necessário fortalecer as relações, compartilhar tecnologias, motivo pelo qual é necessário continuar este diálogo e fortalecer a associação com Cuba, onde se graduaram mais de 40 mil profissionais e técnicos em diversas especialidades procedentes da África.

Muitos destes profissionais ocupam postos destacados em seus respectivos países e sociedades, segundo assinalou Miriam Morales, de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba.

Morales, que fez referência ao trabalho com os estudantes formados em Cuba, assinalou que no corpo diplomático africano na ilha há servidores públicos que se formaram em seus país. Atualmente a maior ilha do Caribe tem relações de cooperação com 51 dos 54 países do continente.

Participaram no encontro, que teve sessão na sede da União Africana, mais de cem delegados de 27 nações que expressaram sua solidariedade com a ilha, condenaram o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba e exigiram a libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos.

Cinco Patriotas

Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino, Gerardo Hernández e René González foram presos 12 de setembro de 1998 na cidade estadunidense de Miami por alertar seu país de ações violentas de grupos anticubanos.

O primeiro encontro solidário deste tipo foi realizado na África do Sul em outubro de 1995, ocasião em que assistiram representantes de 12 nações e entre as personalidades participantes esteve o então presidente Nelson Mandela.

No segundo, que foi realizado em Gana dois anos depois, participaram 415 representantes de 17 países.O terceiro levou-se a cabo em Luanda, Angola, em 2010, com a presença de delegados de 18 nações e não poucas personalidades, entre elas San Nujoma, pai fundador da Namíbia.

Fonte: Prensa Latina