"Proposta de retirada de tropas da Cisjordânia é uma manobra"
A proposta de retirar as tropas da Cisjordânia é uma manobra para perpetuar os assentamentos paramilitares e garantir o controle israelense sobre Jerusalém, considerou Nabil Chaath, ex-primeiro ministro palestino, em declarações divulgadas nesta quarta (26).
Publicado 26/09/2012 10:13
"Uma separação unilateral da margem ocidental (do rio Jordão) é uma velha ideia de (o ministro de Defesa israelense Ehud) Barak, autor intelectual de múltiplos crimes contra os palestinos", declarou Chaath à agência de notícias MAAN.
O plano foi elaborado há anos pelo ex-primeiro ministro Ariel Sharon para enfraquecer a Palestina porque "quer uma entidade fraca (criada) nos fragmentos da terra palestina", sentenciou Chaat, que já foi ministro de Exteriores e chefe de Governo.
Sharon, em estado vegetativo há seis anos, propiciou a infame matança de palestinos nos acampamentos de refugiados de Sabra e Chatila, em Beirute, durante a ocupação militar israelense dessa capital em 1982, cujos 30 anos se cumpriu nesta semana.
A proposta implica que os palestinos entregarão a Israel o controle de Jerusalém, Belém e seus arredores, o rio Jordão e o vale colindante, sublinhou Chaath.
O diálogo palestino-israelense está paralisado há anos devido à insistência de Tel Aviv de anexar Jerusalém, em violação de seu estatuto internacional enquanto cidade sagrada para as três principais religiões monoteístas: o islamismo, o cristianismo e o judaísmo.
A posição do também ex-chanceler coincide com as medidas da Autoridade Nacional Palestina na ONU para conseguir o estatuto de país não membro, o que lhe daria acesso aos organismos de cooperação e judiciais dessa entidade planetária e colocaria Israel em condição de potência ocupante.
Fonte: Prensa Latina