Para Requião, ataques a Lula soam como "uma vingança das elites"
O senador Roberto Requião manifestou, nesta terça-feira (25), no plenário do Senado, solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, nas últimas semanas, tem sido alvo de uma forte campanha “de destruição de imagem”.
Publicado 26/09/2012 11:28
Segundo o senador, liderada pela mídia e secundada pela oposição, “a campanha soa como que uma vingança das elites contra o retirante nordestino que chegou à Presidência da República e ousou trazer os mais pobres para o primeiro plano das preocupações estatais”.
Requião apontou que a mídia e a oposição desencadearam os ataques a Lula quando ele se vê duplamente fragilizado: pela doença, que lhe enfraquece uma de suas principais armas, a voz; e a transformação do julgamento do “mensalão” em espetáculo mediático, buscando-se sempre envolver o ex-presidente no processo.
O senador revelou ainda que nem sempre convergiu com o ex-presidente, especialmente em relação à política econômica, mas exaltou a política de inclusão de Lula.
"É preciso ter entranhados na alma o preconceito, a insensibilidade e a impiedade de nossas elites para não se louvar o que ele fez pela nossa gente humilde. Na verdade, no fundo da alma escravocrata de nossas elites mora o despeito com a atenção dada aos mais pobres por Lula."
O senador fez um paralelo entre os ataques da mídia a Getúlio Vargas e João Goulart, também classificados pelas elites como “populistas”, e a campanha desencadeada agora contra Lula. Ele citou exemplos de como a mídia, às vésperas do golpe de 1964, tratava com extremo desrespeito o presidente Goulart e sua mulher Maria Teresa, e como esse comportamento repete-se agora.
"Qualquer coisa que beneficie os trabalhadores, que dê um sopro de vida e de esperança aos mais pobres, que compense minimamente os deserdados e humilhados, qualquer coisa, por modesta que seja, que cutuque os privilégios da casa grande, qualquer coisa, é imediatamente classificada como populismo”, afirmou.
"Não sejamos ingênuos de pedir ou exigir compostura da mídia. Não faz parte de seus usos e costumes. Sua impiedade, sua crueldade programada pelos interesses de classe não estabelece limites."
Requião solidarizou-se ainda com a presidente Dilma, segundo ele também “alvo de baixezas” por parte da mídia.
Informações da assessoria do senador Roberto Requião