No AM serão destinados R$ 200 milhões aos atingidos pela enchente

“Esse é o nosso objetivo principal queremos que o produtor possa repor aquilo que perdeu. O governador Omar Aziz tem dado todo o apoio para que possamos ir às comunidades e atender os produtores rurais. Nós temos em análise, até hoje, 10 mil projetos em um total de quase R$ 60 milhões de reais e até o fim do ano esperamos chegar em 22 mil projetos. Apesar de todas as dificuldades e até mesmo a distância entre os municípios do Amazonas estamos conseguindo avançar bastante”.

De acordo com Muni Lourenço Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Amazonas, Faea, os recursos disponibilizados são imprescindíveis para minimizar os prejuízos que os produtores sofreram causados pela enchente que atingiram duramente o setor e o estado do Amazonas.

Há ainda algumas dificuldades de acesso ao crédito especial, pois são necessários alguns critérios, por exemplo, o produtor não pode ter passivo ambiental mesmo tendo sido atingido pela enchente, ou estar ilegalmente na terra. No total foram 55 municípios atingidos pela enchente, porém alguns deles como Pauini e São Sebastião do Uatumã não foram contemplados com os créditos, nesses casos a comissão tem atuado para sanar essas dificuldades.

José Bezerra, Superintendente do Banco da Amazônia, Basa, explicou que já foi contratado um total de R$ 27 milhões e estão em análise mais de R$ 73 milhões em investimento, que deverá ser liberado até o dia 15 de outubro. Até o fim do ano a previsão é de que esse montante chegue a R$ 200 milhões.

A comissão foi criada por iniciativa da Sepror com a atribuição de discutir, mobilizar, mover, agir e tomar demais providências sobre o crédito especial para os agricultores atingidos pela enchente. Participam da comissão da Sepror, Idam, Banco da Amazônia, Faea, Fetagri, Delegacia Federal Do Ministério do Desenvolvimento Agrário do Amazonas, Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento no Amazonas.

Crédito Especial
O benefício deve apoiar os agricultores atingidos pela enchente. Para os grupos de agricultores familiares, o limite de financiamento vai até R$ 12 mil, com juros de 1% ao ano e pagando até a data do vencimento há um desconto de 40%. Já para os agricultores não-familiares, o limite é de até R$ 100 mil, com taxas de juros de 3,5% ao ano, oito anos de prazo, também com três anos de carência. Os empresários da atividade agropecuária também terão limite de crédito de até R$ 100 mil, com juros de 3,5% ao ano. A diferença é o prazo de carência, de um ano.