Chile: manifestantes exigem liberdade a Mapuches em greve de fome

No Chile, representantes da comunidade Mapuche exigem do Governo a libertação de quatro cidadãos presos na cadeia de Angol, na Araucanía chilena, que cumpriram nesta sexta-feira (21), 26 dias em greve de fome. 

 

Em declarações à Prensa Latina, o líder mapuche Nibaldo Huenuman disse que os réus sofrem deterioração física, perderam cerca de 10 quilos e seus organismos já estão bastante afetados, ao ponto de que mal podem se levantar.


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"Esperamos que o Governo escute nossas revindicações, e encontre uma solução para anular o julgamento dos irmãos que permanecem presos, foram acusados injustamente e sentenciados a penas excessivamente severas", expressou Huenuman.

Na opinião do ativista, as autoridades continuam não ouvindo às demandas das comunidades Mapuche, e é necessário que haja uma conversa, que se viabilize o diálogo e se trabalhe uma solução para o caso.

"Nossa comunidade continuará protestando pelas ruas, para romper em parte o cerco comunicacional sobre nossa causa e tratar de que as pessoas conheçam que há quatro mapuches em greve de fome há quase 30 dias, injustamente condenados", destacou Huenuman.

Até perto da meia-noite da última quinta-feira (20), e durante quase duas horas, mais de uma centena de mapuches caminharam até a Praça de Armas, para exigir a liberdade de Erick Montoya, Rodrigo Montoya, Paulino Levipan e Daniel Levinao.

Os dois últimos foram sentenciados em agosto passado a 10 anos e em um dia de prisão pelo delito de homicídio frustrado contra policiais (carabineiros) em serviço e a 541 dias de prisão por porte ilegal de arma de fogo.

Com a frase de Liberdade, liberdade ao mapuche por lutar" e portando cartazes, a manifestação realizou diferentes paradas em pontos do bulevar, com faixas nas quais informavam os pedestres sobre a causa dos réus em greve e exigiu que a Corte Suprema de Justiça revise e anule as condenações.

Além disso, foram entregues panfletos nos quais se lia "De nossas reivindicações territoriais, da América Latina e de toda nossa terra, nem um passo atrás contra o sistema winka opressor". 

Com Prensa Latina