No Chile, Mapuches completam 25 dias em greve de fome

Três presos mapuches, que completam 25 dias de greve de fome nesta quinta-feira (20), no presídio de Angol, na Araucania, denunciaram que não receberam resposta das autoridades chilenas para suas demandas.

Em comunicado, os indígenas consideram que por não existir proximidade alguma por parte do governo, isso é um sinal de que recusa o diálogo com os mapuches.

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Os réus Erick Montoya, Rodrigo Montoya e Paulino Levipan Daniel Levinao, que assinam o comunicado como presos políticos mapuches na greve de fome, prometem que continuarão sem ingerir alimentos até serem ouvidos.

Entre outras exigências, reclamam que a Corte Suprema de Justiça revise e anule a injusta condenação de Levipán Coyan e Levinao Montoya, sentenciados em agosto a 10 anos e um dia em serviço social e 541 dias de prisão por porte ilegal de arma de fogo.

Para o líder da Comunidade Autônoma de Temucuicui, Jaime Huenchullán, foram condenados “pelo Governo e a polícia na cumplicidade com o setor empresarial da região”.

O comunicado dos réus defende a devolução total do território do povo Mapuche, a desmilitarização imediata das terras desta comunidade e a não utilização por parte da justiça de testemunhas protegidas nem montagens politico-judiciais.

Os presos também informaram seu estado de saúde. “Estamos pálidos, magros, mas com a força intacta; sabemos que estes sintomas são incômodos e suportáveis pelo que está em jogo. Continuaremos passo a passo com esta greve, porque acreditamos que vale a pena o território e a liberdade para cada mapuche e todo o povo”, expressaram.

Com Prensa Latina