Paraguai não participará de Cúpula Ibero-Americana 

Sancionado com sua suspensão do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e condenado pela diretora do Parlamento Latino-americano (Parlatino), o governo de Federico Franco se depara com as portas fechadas dessa instância da Ibero-América.

O próprio governo espanhol, organizador do evento, enviou a Assunção seu Secretário de Estado para a Cooperação Internacional, Jesús Garcia, para expressar a Franco que sua presença em Cádiz não é bem-vinda por boa parte dos países participantes da Cúpula.

A informação, publicada na imprensa local e não desmentida oficialmente, destacou que Argentina, Bolívia, Equador, Uruguai e outras nações se absteriam de participar das deliberação ibero-americanas se Franco tentar se apresentar em Cádiz, segundo o secretário espanhol.

A questão é que a rejeição ao golpe parlamentar de junho passado, que interrompeu o processo democrático no Paraguai, determinou um desconhecimento quase total do atual governo e até mantém sem embaixadores boa parte das missões diplomáticas creditadas aqui.

Semanas atrás no Peru, onde a Associação Latino-americana de Integração (Aladi) estuda uma possível condenação ao governo paraguaio, o chanceler espanhol, José Manuel García Margallo, afirmou que seria melhor a ausência do Paraguai na reunião de Cádiz.

Nessa ocasião, as autoridades locais qualificaram como opinião pessoal as expressões do titular do Exterior espanhol, mas a realidade colocou-as em sua verdadeira dimensão.

Tentando escapar de nível de isolamento, Franco decidiu assistir à próxima sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas e, de acordo com anúncios oficiais, quer conseguir uma reunião com o presidente Barack Obama em busca de ajuda estadunidense a sua difícil situação.

Fonte: Prensa Latina