Paço Imperial inaugura exposições individuais no Rio
Exposições individuais de três importantes artistas plásticos cariocas vão ocupar a partir desta quinta-feira (13) o Paço Imperial, centro cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), localizado na Praça XV de Novembro, no Rio. Uma das mostras, a retrospectiva Quase Tudo: A Never Ending Tour, comemora os 50 anos de carreira e 70 de idade do pintor e gravador Luiz Aquila, reunindo cerca de 200 obras.
Publicado 13/09/2012 10:13
Outro artista que também está completando 50 anos de atividade profissional, Roberto Magalhães, expõe no Paço Imperial, na mostra Quem Sou, de Onde Vim e para Onde Vou, 174 trabalhos sobre papel, criados de 1958 a 2012. Cristina Salgado, que em 2010 recebeu o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, ocupa o andar térreo do Paço com a instalação Ver para Olhar.
Com grande atuação no panorama da arte brasileira desde os anos 1960, mentor da chamada geração 80 e detentor de um currículo de mais de 200 exposições no Brasil e no exterior, entre elas as bienais de São Paulo e de Veneza, Luiz Aquila começou a montar o trabalho no ano passado, juntamente com o curador Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial. Foram feitas várias seleções até chegar ao número final de 200 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos e outros suportes.
Para o curador, a obra de Aquila “é uma pintura em permanente construção, correspondente ao conceito da Never Ending Tour, do músico e poeta Bob Dylan”. Lauro Cavalcanti considera define a arte de Luiz Aquila como “um processo que se instaura, criando um universo próprio que propõe constante dialética entre organização e soltura, compressão e tensão, fronteiras e invasões, paredes e pontes,ordem e anarquia”.
Cavalcanti também assina a curadoria da exposição de Roberto Magalhães, carioca nascido em 1940 e que tem no currículo 52 mostras individuais no Brasil e no exterior, além de participação em mais de uma centena de coletivas, salões e bienais. Os desenhos, em várias técnicas, da tinta a óleo ao lápis de cor e à caneta esferográfica, foram selecionados a partir de um conjunto de 3 mil obras da coleção particular do artista.
A instalação de Cristina Salgado é constituída por 28 cadeiras, bancos e poltronas, sobre os quais repousam caixas de dimensões variadas. Um facho de luz e uma lança de aço atravessam a caixa até a última poltrona, que funciona como um anteparo para a imagem projetada, de uma mulher de mãos dadas com a filha pequena.
As três exposições ficam em cartaz até 25 de novembro e podem ser visitadas de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. A entrada é grátis e o Paço Imperial fica na Praça XV de Novembro, 48, no centro da cidade.
fonte: Agência Brasil