Organização repudia demissões em massa no Paraguai

A Confederação Latino-americana de Trabalhadores Estatais (Clate) rechaçou nesta quarta-feira (12) as demissões em massa feitas pelo governo paraguaio em diversas instituições oficiais, por considerar que atentam contra um dos principais direitos humanos.


                                                                                                                 Foto: ABC Color 

Em carta enviada ao Executivo, a Clate destacou que repudia energicamente estes atos, já que a estabilidade trabalhista é um direito do trabalhador estatal para conservar seu posto, independente de seu vinculo com o Estado empregador.

Mais de 2 mil funcionários foram despedidos pela atual administração, o que foi qualificado pelos sindicatos como agressão por motivos políticos e ideológicos contra os trabalhadores que estavam na gestão de Fernando Lugo.

A Clate apontou que se destacam as demissões efetuadas na Secretaria de Ação Social e a Empresa de Serviços Sanitários do Paraguai, incluindo mulheres grávidas e 694 empregados.

Realçou a obrigação do Estado de preservar as possibilidades de todos os trabalhadores para um emprego e também para a proteção contra o desemprego e anunciou que levará o caso, por sua gravidade, ante a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Enquanto isso, um grupo dos empregados desvinculados da Secretaria de Ação Social, dirigida por um primo de Federico Franco, atual presidente da República, denunciou que pretende desalojá-los nesta quarta-feira (12) pela força do protesto mantido por vários dias junto a instalações do governo.

Eles disseram que o ministro da Ação Social, Víctor Rivarola, ordenou que proceda este desalojo mediante o uso da força pública.

Fonte: Prensa Latina