ONG volta atrás: não houve massacre de ianomamis na Venezuela

A ONG Survival International, que havia pressionado a Venezuela a investigar os rumores de um massacre da tribo indígena ianomâmi na Amazônia, voltou atrás e disse, nesta terça-feira (11), que o ataque provavelmente não ocorreu. No final de semana, as autoridades da Venezuela fizeram uma inspeção na região e confirmou que “não houve agressões” nem ameaças aos indígenas, como informou o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sánchez Arveláiz nesta segunda-feira (10).

Yanomanis

De acordo com o grupo, a Survival teria recuado depois de falar com suas fontes. Os rumores do ataque começaram em agosto, quando a entidade criticou fortemente o suosto "massacre" de 80 índios Ianomâmis por garimpeiros ilegais, que teriam invadido a região para extrair ouro de minas.

A Survival divulgou relatos de organizações ianomâmis que detalhariam como os garimpeiros ilegais incendiaram uma oca da aldeia e como as testemunhas disseram ter encontrado os corpos queimados.

"Após ter recebido o testemunho de fontes confiáveis, a Survival agora acredita que não houve ataque realizado pelos mineiros na comunidade Ianomâmi de Irotatheri", informou uma declaração de Stephen Corry, diretor da Survival International.

Jornalistas foram levados à área na última sexta-feira (7) e sábado (8), onde indígenas ianomâmis afirmaram não ter havido qualquer ato de violência. "Ninguém foi morto aqui", afirmou um indígena ao tradutor: "aqui estamos todos passando bem".

Com informações da BBC