Assange reconhece o apoio equatoriano em seu caso

O jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks considerou que a decisão do Equador de conceder o asilo diplomático demonstra os valores deste país e de seu governo.

Ele afirmou que considera não só o que demonstra em seu caso, mas também por conceder asilo e refúgio para todo aquele que necessite.  

Em declarações para imprensa Assange qualificou de muito importante o apoio unânime recebido pela nação equatoriana nos blocos regionais.

Leia também:
Equador e Reino Unido discutem caso Assange

Assange aludiu ao rechaço da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), além da Organização dos Estados Americanos (OEA), a ameaça do Reino Unido de ingressar na embaixada do Equador em Londres para prendê-lo.

Afirmou que está claramente estabelecido que ele é um perseguido político dos Estados Unidos e de seus aliados e é um ato reconhecido, no qual teve que trabalhar muito [na defesa] para dar ao governo deste país evidências sobre este ato.

Assange expôs que o Equador inclusive tem ido além do esperado para defender seus direitos publicamente e negou que tenha usado de forma alguma a este governo para defender seus interesses.

Opinião similar esboçou o presidente Rafael Correa, que sinalizou que essas são atitudes de quem critica sem argumentos, como fez o jornal estadunidense The New York Times. .

“ Temos atuado como o Estado equatoriano e particularmente este Governo, fiel a seus princípios humanistas, constitucionais, para a defesa dos direitos humanos, tem atuado sempre”, destacou o mandatário.

Adiantou que o futuro de Julian Assange pode ser decidido em um dia ou talvez em anos, porque existem três cenários com os quais se trabalha. Em qualquer das variantes, disse, pretende-se buscar que o jornalista não seja extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser acusado de espionagem e julgado com pena de morte.

Na última quarta-feira (29) o vice-presidente equatoriano, Lenín Moreno, se reuniu em Londres com o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, que se manifestaram a favor de solucionar o impasse diplomático mediante o diálogo.

Um comunicado oficial deste país, analisa que Hague e Moreno falaram da presença do fundador do WikiLeaks no Equador e confirmaram que os países têm o compromisso de dialogar para encontar uma solução diplomática para o problema.

Fonte: Prensa Latina