Cepal: poder econômico está transferindo-se do Norte para o Sul
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) examinará nesta quarta-feira (29) as relações Sul-Sul no terceiro dia do 34º período de sessões, em El Salvador. A relevância do tema foi ressaltada na terça-feira (28) pela diretora executiva do organismo das Nações Unidas, Alicia Bárcena, que advertiu sobre as mudanças na geografia da economia mundial.
Publicado 29/08/2012 15:10
É preciso ir além da redução da pobreza, diz Cepal
Com esta tendência prevê-se que para 2020 as exportações Sul-Sul vão ultrapassar as exportações norte-norte, assegurou. Bárcena destacou que algo parecido está ocorrendo com os fluxos do investimento estrangeiro direto, do qual 50% são dirigidos para economias em desenvolvimento.
“O Sul já não é o mesmo e a América Latina e o Caribe também mudaram”, afirmou a diretora da Cepal que indicou que esta nova conjuntura que está se formando significa assumir novos desafios para a região.
"É preciso avançar com posturas regionais unificadas, articulando com outras zonas de desenvolvimento que nos permitam abordar desafios de outra envergadura como são a segurança climática, alimentar e cidadã", acrescentou.
A reunião, cujos trabalhos começaram na última segunda-feira (28), foi inaugurada ontem pelo presidente Mauricio Funes e conta com a participação de delegados dos 44 países membros, sócios e de outras organizações.
Em San Salvador, a Cepal apresentou o livro "Mudo estrutural para a igualdade: Uma visão integrada do desenvolvimento". Neste, explicou Bárcena, a Cepal propõe um caminho concreto para o crescimento de longo prazo com igualdade e sustentabilidade ambiental na América Latina e no Caribe.
Detalhou que é o acompanhamento do documento entregue na reunião anterior, em Brasília em 2010, cuja aposta é "A hora da igualdade. Brechas para fechar e caminhos para abrir".
Afirmou que no tema é necessário passar à ação. Hoje trazemos à região, aqui em El Salvador, uma proposta e uma aposta. A proposta é a igualdade, esse é nosso objetivo central, disse, ao recordar que a região é a mais desigual do mundo.
Fonte: Prensa Latina