Mensagem de solidariedade ao povo e ao presidente da Venezuela
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), divulga aqui uma carta aberta de apoio e solidariedade à população e ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. Acompanhe a seguir:
Publicado 28/08/2012 17:16
O movimento sindical brasileiro está consternado com os acontecimentos verificados no dia 25 de agosto na refinaria Amauy, que resultou em dezenas de mortos e feridos, e também indignado com a exploração política oportunista e inescrupulosa que a direita venezuelana, em aliança com os EUA, faz da tragédia, com o indisfarçável propósito de desmoralizar o governo de Hugo Chávez e reverter a tendência das eleições presidenciais de outubro, que indica inequívoco favoritismo do comandante da revolução bolivariana.
Por Wagner Gomes*
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manifesta total solidariedade às famílias das vítimas do acidente, bem como aos trabalhadores da PDVSA, ao conjunto do povo e ao governo venezuelano neste momento de luto, tristeza e dificuldades. Rechaçamos a campanha caluniosa da direita neoliberal, com amplo respaldo midiático em todo o mundo, que atribui à revolução bolivariana e ao Estado a culpa pela tragédia. Conclamamos os representantes da classe trabalhadora no Brasil e na América Latina a somar forças em defesa da reeleição de Hugo Chávez em 7 de outubro.
Nossa América vive, hoje, um novo cenário geopolítico, cujo marco foi a primeira vitória eleitoral de Hugo Chávez na Venezuela, em 1998. As mudanças ocorridas desde então são notáveis, cabendo destacar a rejeição da Alca, a criação da Unasul, Alba e Celac, o fortalecimento do Mercosul com o ingresso da Venezuela no bloco, a rejeição do neoliberalismo, nacionalizações estratégicas em alguns países e execução de programas governamentais focados no combate às desigualdades sociais, com maior protagonismo dos movimentos sociais.
Todavia, as forças conservadoras, aliadas ao imperialismo estadunidense, não sofreram uma derrota definitiva e continuam lutando por todos os meios para recuperar o terreno perdido. Exemplos disto são os golpes em Honduras e no Paraguai, as iniciativas golpistas na Venezuela, Bolívia e Equador, as artimanhas midiáticas para desmoralizar os governos progressistas e criminalizar as lutas sociais, a atual campanha contra Hugo Chávez.
É imperioso que as forças democráticas e progressistas, e em especial os representantes da classe trabalhadora, permaneçam em estado de alerta, mobilizados para a luta contra o retrocesso neoliberal e pelo aprofundamento das mudanças.
Viva a revolução bolivariana e seu líder Hugo Chávez. Pela unidade da classe trabalhadora em Nossa América.
*Wagner Gomes é presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)