Trabalho escravo: CPI acompanha resgate de trabalhadores no Pará
Representantes da CPI do Trabalho Escravo, da Câmara, acompanharam, na quarta-feira (22), operação de resgate do Ministério do Trabalho e Polícia Federal no interior do Pará. Durante a diligência, foi confirmada a exploração de trabalhadores na forma análoga ao escravo em uma propriedade na Vila Capistrano de Abreu, a 170 Km do município de Marabá.
Publicado 24/08/2012 11:53
"Vimos o absurdo: oito pessoas, inclusive um idoso, que desde junho trabalham sem receber, bebendo água fétida e comendo carne com moscas”, narrou o presidente da CPI, deputado Cláudio Puty (PT-PA). "Este caso é mais uma prova evidente de que esta triste realidade tem que mudar no País".
Segundo o Ministério Público do Trabalho, a escravidão moderna ainda recruta 20 mil vítimas por ano em todo o território nacional, sendo o Pará o líder do ranking. Para Cláudio Puty, a apuração feita no Pará não termina ali. "Temos a responsabilidade de contribuir para a erradicação do trabalho escravo no Brasil. Este empregador autuado certamente será convocado para depor na Câmara e explicar o que vimos", afirmou Puty.
"A CPI do Trabalho Escravo deve enriquecer as investigações sobre o tema e propor medidas para avançar nas formas de fiscalização e normatizações do trabalho no Brasil", disse ainda o parlamentar.
Depois de comprovado flagrante da prática criminosa na Vila Capistrano de Abreu, os auditores do Ministério do Trabalho, que dirigiam a operação, determinaram o fim imediato da execução do trabalho na propriedade pelos trabalhadores escravizados.
Fonte: Informes PT