Presidente uruguaio enfatiza "sensibilidade social" da esquerda

O Presidente, José Mujica, destacou nesta quinta-feira (23) os informes internacionais divulgados pela ONU, segundo os quais o Uruguai é o país com menor desigualdade social da América Latina.

Mujica, em seu programa de rádio desta quinta na emissora estatal M24, enfatizou que "nossos números nos honram, expressam uma tradição que nos deixa orgulhosos” (…) porque os governos não alteram cifras oficiais para mostrar resultados”.

"Desde 2005 (primeira administração da Frente Ampla) a grande diferença é que os governos se preocupam não só com o crescimento econômico, além da distribuição”, explicou o chefe de Estado em release da Secretaria de Comunicação.

Em relação à pobreza, assegurou que desde 2004 o índice de 850 mil pessoas caiu e também a porcentagem que, em 2011, passou a representar 13,7% da população: “em dois anos baixamos 6 pontos e superamos a meta que almejávamos”, completou.

"É o valor mais baixo da história moderna do Uruguai, segundo dados do Cepal. É um reconhecimento internacional para o país”, assegurou.

Sobre a indigência, disse que, em 2004, correspondia a 4,7% da população, em 2009, baixou para 1,6% e “hoje temos dados seguros que nos fazem afirmar que estamos em 0,5%”, garantiu.

Mujica assinalou que, frente à crise internacional, existe um panorama mundial de incertezas e existe aqui um crescimento interno econômico aprofundado por reformas estruturais: tributária, sanitária e de investimentos na segurança social.

Também incluiu nessa relação o aumento no gasto público social com transferências monetárias que permitiram avançar até uma sociedade mais igualitária”, concluiu a fonte.
O presidente uruguaio recordou que a nação teve um aumento de 80 mil novos postos de trabalho que contrataram 45 mil pessoas, reduzindo o nível do desemprego.

Entre as conquistas, Mujica assinalou também o aumento da média salárial que, entre 2009 e 2012, aumentou mais de 12%.

"Estamos registrando feitos notórios na política que se devem às diretrizes dos governos da Frente Ampla. Esta é a enorme diferença entre a sensibilidade social da esquerda e da direita”, definiu o presidente uruguaio.

Christiane Marcondes com informações da Prensa Latina