Free Julian Assange: uma rede mobilizada pela liberdade
Desde a quinta-feira (16), quando o Equador aceitou oficialmente o pedido de asilo político do criador do Wikileaks, Julian Assange, diversas páginas em apoio ao jornalista australiano surgiram, além de perfis e fan pages no Facebook e Twiiter, blogs e até "invasão de sites governamentais". São dezenas, centenas de iniciativas criadas formando uma autêntica campanha pela liberdade de Assange, abrigado na Embaixada do Equador, em Londres.
Publicado 21/08/2012 17:16

Print Screen da página do Google: 188 milhões de resultados na busca por "free Julian Assange"
Em seu twiiter, o ativista político chegou a postar o link de uma agência de viagens com indicações de hospedagens no país latino. Mas, o destino do fundador do Wikileaks parece estar mesmo nas mãos da comunidade internacional. Ele teme por sua vida, já que há fortes indícios de que sua extradição para a Suécia possa resultar em outra extradição, para os Estados Unidos, onde é acusado de crime de guerra (espionagem), podendo ser condenado à prisão perpétua ou até à morte. Os EUA foram os mais expostos pelo vazamento de documentos secretos promovidos pelo Wikileaks, que expôs ao mundo a manipulação das informações nos bastidores dos governos.
Em uma das fan pages no Facebook, quase 20 mil pessoas curtiram outras 6.500 comentaram algo na página. Mas isso não é nada diante do que pode ser encontrado em uma pesquisa no buscador mais popular, Google. Se digitar "free Julian Assange" são encontrados 188 milhões de resultados.
Pressão
Para aumentar a pressão para que a Inglaterra conceda salvo-conduto para o jornalista poder deixar o país, há até um abaixo-assinado online que pode ser assinado em www.freeassange.org . "Se Assange falhar, todos os outros não conseguirão. Então, se queremos viver sem o terror americano, dar a sua voz para Assange livre. Pare o terror americano no mundo inteiro!", diz a petição.
Parte dessa militância está concentrada nos grupos de hackers, que se identificam com Assange por sua atuação na rede. Nesta terça-feira (21), o site do Ministério da Justiça britânico foi invadido. O governo confirmou que seu site sofreu "algumas alterações", mas não responsabilizou nenhuma organização por esses problemas. Por sua vez, o Anonymous assumiu o atacou ao site governamental para demonstrar seu apoio ao fundador WikiLeaks.
Deborah Moreira
Da redação