Estudantes no Chile decidem por greve geral em 28 de agosto
As organizações de estudantes universitários e do nível de ensino secundário do Chile se reuniram durante o sábado (11) e ratificaram a continuidade das manifestações contra a mercantilização da educação. no país. Durante o encontro, na comunidade mapuche, região de Araucanía, a Confederação de Estudantes do Chile (Confech), que reúne as federações universitárias, convocou uma greve nacional para o dia 28 de agosto.
Publicado 13/08/2012 10:27
A chamada também coincide com a chamada para paralisações em outros setores sociais, como anunciado pelo sindicato dos professores contra a municipalização do ensino e para uma carreira docente única. "Os líderes universitários se pronunciaram a favor da recuperação da amplitude, da alegria e do caráter cívico do movimento. Nossas formas de mobilização tem que ter esse espírito", disse Gabriel Boric, porta-voz da Confech.
Os estudantes sempre defenderam o diálogo, mas "temos que nos garantir que chegaremos a algum lugar", disse Boric.
A Confederação confirma que os próximos protestos também são motivados pela discordância dos alunos ao projeto de lei de reforma tributária conduzido por La Moneda que a entidade acredita ser dirigida contra a educação pública.
No mesmo sentido, a Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários (Aces) decidiu convocar um dia nacional de protesto em 23 de Agosto, bem como manter as ocupações pacíficas das escolas da região metropolitana.
A este respeito, Eloisa Gonzalez, porta-voz da Aces, criticou o ultimato do prefeito, Pablo Zalaquett, que declarou que os estabelecimentos secundários ocupados pelos estudantes devem ser desocupados antes da terça-feira (14).
A líder estudantil disse que a medida da pressão utilizada pela autoridade local deveria estar focada no ministro da Educação, Harald Beyer, "porque os alunos não se mobilizam apenas assim, mas sim pela resposta nula às suas demandas."
Os estudantes aprovaram a unidade no movimento e negaram as versões dos meios de imprensa que afirmavam o contrário.
Com Prensa Latina