Fasubra e governo têm rodada de negociação nesta sexta
Os técnicos-administrativos das universidades federais, em greve há quase três meses, terão nesta sexta-feira (10), às 14h, a segunda rodada de negociação com o governo federal. Os trabalhadores são representados pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Na segunda (6), na primeira reunião, o governo propôs 15% de reajuste parcelado em três anos, o que deve ser rejeitado pela categoria até o final de quinta.
Publicado 09/08/2012 17:05
A Fasubra tem a expectativa de que o governo aumente a proposta, já que há um empenho do Ministério da Educação (MEC) em retomar as aulas nos campi das instituições federais. A negociação acontece depois da Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ter recebido uma comissão de parlamentares das Comissões de Educação e Cultura e de Trabalho e Serviço Público da Câmara dos Deputados, que intercederam pelos trabalhadores. Entre eles, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB- BA).
“Acreditamos que dê para aumentar o percentual, alterar o step e manter uma agenda para garantir os outros pontos da pauta da greve. O governo não está levando em conta as perdas salariais dos últimos dois anos que estamos sem reajuste, desde julho de 2010”, ponderou João Paulo Ribeiro, o JP, coordenador de Organização Sindical da Fasubra.
Até o final de hoje, a categoria realiza assembleias em todo país para votar a proposta com a orientação de não aceitá-la.
A reunião realizada na sede do MEC, em Brasília, contou com a presença de Janine Teixeira, Paulo Henrique dos Santos, Gibran Ramos, Rosângela Costa e JP, pela Fasubra. Pelo MEC, o ministro Aluizio Mercadante, o secretário executivo da pasta Cláudio Paim e o secretário de Educação Superior, Amaro Lins.
Segundo a entidade sindical, Mercadante lembrou na ocasião que a categoria recebeu um tratamento diferente e isso tem que ser considerado para haver um esforço no sentido de um acordo.
A categoria de técnicos-administrativos reafirmou o interesse em negociar, mas sem admitir perdas aos trabalhadores.
O Ministério do Planejamento foi procurado, mas não confirmou a reunião.
Deborah Moreira
Da redação do Vermelho