Mercado reduz projeção de crescimento da economia; inflação sobe

Apesar da recente alta dos preços, analistas consideram que isso não deve atrapalhar os planos do governos em relação à política monetária para aquecer a economia, enquanto a perspectiva para o ano se mantiver em torno de 5 por cento.

Na expectativa da divulgação da taxa oficial de inflação de julho nesta semana, o mercado também reduziu a perspectiva para a Selic, prevendo agora que a taxa básica de juros terminará o ano em 7,25%, ante 7,50% anteriormente.

A perspectiva no Focus é de que na reunião dos dias 28 e 29 de agosto o Copom realize um corte de 0,50 ponto percentual. Para 2013, a previsão para a Selic foi mantida em 8,50%.

No final de julho, o governo reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para 3%, segundo relatório divulgado pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. A estimativa inicial era de 4,5%. Já o Banco Central (BC) havia reduzido sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%.

Na semana passada, o IBGE divulgou que a produção industrial brasileira subiu 0,2% em junho frente a maio, na primeira alta mensal depois de três quedas consecutivas.

O resultado, entretanto, veio abaixo das expectativas do mercado, indicando que o setor ainda patinava depois de o governo adotar medidas de incentivo. O desempenho fraco da indústria tem sido apontado como o principal impecilho para a retomada da atividade econômica brasileira.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi elevada para R$ 2 por dólar, ante R$ 1,96 por dólar na semana anterior. 

Fonte: UOL