Rússia explica porque rejeitou resolução da ONU contra a Síria
O governo da Rússia qualificou nesta quinta-feira (2) de "unilateral e desequilibrado" o projeto de resolução sobre a Síria proposto por países árabes na Assembleia Geral da ONU e acrescentou que o mesmo dá força aos grupos armados para que intensifiquem suas ações bélicas.
Publicado 02/08/2012 20:01
"O documento em sua formulação atual está longe de contribuir à estabilidade na Síria e ao fim da violência, por isso que será recusado pela Rússia", destaca a Chancelaria.
Como já ocorreu antes, desta vez foi proposta uma resolução que coloca toda a responsabilidade dos acontecimentos na Síria nas costas do governo, deixando de lado as demandas da comunidade internacional aos bandos terroristas e mercenários que lutam pela derrubada do governo de Bashar al-Assad.
"Dessa forma, indica, promove-se a linha dos grupos armados que é livrar uma luta sem quartel contra as autoridades de Damasco, as quais denunciam os atos de terror cometidos por essas formações, em muitas ocasiões integradas por mercenários", destaca o documento.
"Além disso, o projeto de resolução que será submetido a votação na sexta critica o plano do enviado especial para a Síria da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que renunciou hoje ao cargo, apesar do apoio ao projeto dado pelo Conselho de Segurança (CS)", aponta.
O Ministério de Relações Exteriores denuncia, ainda assim, que o documento proposto por várias nações árabes determina que Annan trabalhasse em prol de uma transição política na Síria, o que que não era sua função.
"A Rússia está disposta, junto a outros sócios estrangeiros, a tabalhar pelo fim da crise na Síria baseada no plano de Annan, da declaração final da conferência de Genebra de 30 de junho e as resoluções 2042 e 2043 do CS da ONU, afirma a Chancelaria.
Fonte: Prensa Latina