López-Levy: EUA deve ter vergonha de incluir Cuba aos terroristas

“Cada vez que os Estados Unidos afirmam que pedem a colaboração com a guerra contra o terrorismo, a inclusão de Cuba na lista de países terroristas os envergonhará”, afirmou o acadêmico cubano-americano Arturo López-Levy.

Em entrevista concedida por e-mail para a Prensa Latina, o professor López-Levy afirmou que esta manobra do Departamento de Estado é uma mostra evidente de que a política norte-americana para Habana é um cemitério para a ética e as estratégias racionais.


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Destacou que incluir novamente Cuba na lista de países terroristas constitui outro jogo politiqueiro, manipulado por uma minoria recalcitrante da comunidade cubana residente nos Estados Unidos.

O também candidato a doutor em Estudos Internacionais na Escola Josef Korbel da Universidade de Denver, afirmou que o tema é particularmente danoso às relações bilaterais entre os dois países.

"A teor desta manipulação foram gerados julgamentos impensáveis nos quais é óbvia a doutrina do ato do Estado e se assume que Cuba só tem imunidade limitada, o que é uma violação do direito internacional e a soberania cubana" agregou.

De acordo com López-Levy, a classificação de promotor do terrorismo apresenta Cuba sob a rubrica de uma ameaça contra Estados Unidos, favorecendo um clima de tensão nos quais incidentes inesperados a cargo de provocadores, podem gerar uma crise de segurança.

A Prensa Latina também entrou em contato com o jornalista Edmundo García, apresentador do programa de rádio A tarde move-se, transmitido diariamente em Miami, que qualificou a decisão de Washington como um ato de hipocrisia.

"É uma falácia contra Cuba que nem eles mesmos acreditam, e demonstra a prepotência e falta de escrúpulos por parte dos Estados Unidos", enfatizou García.

O governo estadunidense decidiu unilateralmente incluir à ilha em sua lista de países patrocinadores do terrorismo e que está dirigida a justificar a política hostil da Casa Branca contra Havana.

Com esta medida, Estados Unidos justifica o bloqueio econômico, comercial e financeiro que mantém contra a Maior das Antilhas há mais de meio século.

Cuba tem sido uma vítima do terrorismo de Estado fomentado a partir de Washington e que se emprega como uma arma política que tem custado ao povo cubano 3.478 mortos e 2.099 portadores de necessidades especiais.

Fonte: Prensa Latina