União Europeia agride direitos humanos ao apoiar Israel
O Conselho Palestino de Organizações de Direitos Humanos, uma coalizão de 11 grupos palestinos de luta pelos direitos humanos, denunciou energicamente nesta quinta-feira (26) a decisão anunciada pela União Europeia de aumentar a sua cooperação com Israel.
Publicado 27/07/2012 10:31
Segundo a decisão, a União Europeia e o Estado sionista israelense, assinaram na terça-feira (24) acordo de cooperação que contarão com 60 novas atividades em 15 campos.
"Como organizações dedicadas à promoção e proteção dos direitos humanos nos Territórios Ocupados da Palestina estamos fortemente preocupados com a falta de compromisso da União Europeia com os direitos humanos à luz do que é essencialmente uma intensificação das relações bilaterais com Israel", disse um comunicado emitido pelo Conselho Palestino de Organizações de Direitos Humanos.
O comunicado revela o desapontamento, assinalando que “nos últimos meses, a União Europeia fez progressos em reconhecer e condenar as práticas e políticas de Israel nos Territórios Ocupados da Palestina que constituem violações sistemáticas do direito internacional e dos direitos humanos”.
Descrevendo o acordo firmado na terça-feira como "um retrocesso", o Conselho Palestino de Organizações de Direitos Humanos considera que isto ocorre “ em um momento em que Israel é implacável na expansão de seus assentamentos ilegais; mantém o fechamento contínuo da Faixa de Gaza, que equivale a punição coletiva; continua a revogar autorizações de residência de palestinos; desloca o povo palestino, especialmente aqueles que residem na Área C; aloca recursos naturais de maneira discriminatória , como terra e água, bem como continua a construção do muro de anexação".
O Conselho Palestino de Organizações de Direitos Humanos disse que, ao concordar em desenvolver relações bilaterais com Israel, “a União Europeia não conseguiu manter compromisso com o direito internacional” e finaliza dizendo que como organizações de direitos humanos, estão “profundamente decepcionados com a decisão da UE de pôr de lado os direitos humanos e o direito humanitário quando convém a UE e Israel”.
Fonte: Wafa (Agência Palistina de Notícias)