No Chile Mapuches denunciam militarização do território indígena

Instituições de direitos humanos e líderes opositores expressaram temores sobre as medidas que possam derivar de uma “cúpula de segurança” do governo prevista para esta terça-feira (24) sobre a chamada zona vermelha do conflito dos índios mapuches.

A reunião terá a participação do presidente Sebastián Piñera, do ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter; o general diretor dos Carabineros, Gustavo González; e do fiscal nacional Sabas Chahuán, entre outras autoridades nacionais e regionais.

O senador e presidente do Partido Pela Democracia, Jaime Quintana, manifestou estar preocupado que o resultado da reunião seja o aumento da repressão contra o povo Mapuche na região de Auraucania.

“Eu vejo um risco de que a repressão aumente e que finalmente tenhamos mais ataques, como os que efetuaram um mês contra a comunidade Wente Winkul Mapu de Ercilla", expressou.

O advogado José Aylwin,diretor do Observatório Cidadão de Direitos Humanos, chamou as autoridades apara atuar com sanidade. “É preocupante a imputação automática que se faz destes atos violentos a pessoas ou comunidades e organizações Mapuche sem ter os fundamentos necessários para fazer”, afimou.

Ações violentas nos setores rurais de Bio-Bio e Araucania, localizadas a cerca  800 quilômetros ao sul de Santiago, são habitualmente atribuídas aos Mapuches pelos latifundiários e empresários com a finalidade de justificar a militarização do território”, alertam porta-vozes indígenas

“O motivo da “pacificação da Araucania” é parar a luta pela recuperação das terra ancestrais usurpadas dos povos originários”, ressaltaram autoridades mapuches.

Fonte: Prensa Latina