Hungria prende criminoso nazista
A Procuradoria-Geral de Budapeste, na Hungria, prendeu sob a acusação de envolvimento em crimes de guerra o ex-militar Laszlo Csatary, 97 anos. Ele é suspeito de ser cúmplice nas mortes de mais de 15 mil judeus durante o regime nazista. Csatary vai ser mantido em prisão domiciliar. Exames preliminares indicam que ele dispõe de boas condições físicas e mentais.
Publicado 18/07/2012 12:31
De acordo com as autoridades da Hungria, Csatary era agente da polícia na cidade de Kosice, Eslováquia, quando os judeus húngaros começaram a ser deportados para os complexos de extermínio nazistas de Auschwitz, na fronteira entre a Polônia e a Alemanha.
Para o Centro Simon Wishental, organização judaica que investiga o nazismo, Csatary é definido como “o criminoso de guerra mais procurado da Hungria”. A divulgação sobre sua localização foi anunciada há dois dias.
De acordo com informações oficiais, as autoridades húngaras investigarão os documentos apresentados pelo Centro Wiesenthal – o maior museu da memória do holocausto do planeta.
Inicialmente, Csatary fugiu para o Canadá, onde trabalhou sob identidade falsa como negociador de arte até ser descoberto, em 1995, e obrigado a fugir. A Justiça da Hungria começou as investigações sobre a atuação de Csatary em setembro de 2011. Ele está em prisão domiciliar e teve o passaporte confiscado.
Csatary negou nesta quarta qualquer (18) responsabilidade. Ele afirmou que "cumpriu ordens" ao colaborar com o envio de judeus para o campos de concentração de Auschwitz, na fronteira da Polônia e Alemanha. O procurador húngaro Tibor Ibolya disse que Csatary nega todas as acusações.
Com Agência Brasil