EUA enviarão mais um porta-aviões ao Oriente Médio
O Pentágono anunciou nesta segunda-feira (16) o envio de um porta-aviões e sua frota ao Golfo Pérsico, quatro meses antes do previsto, a fim de manter um mínimo de dois navios ao mesmo tempo na região, sob a justificativa de que o local se encontra sob alta tensão.
Publicado 17/07/2012 09:47
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, aprovou na semana passada o pedido do Comando Central, que supervisiona a segurança no Oriente Médio, de antecipar o envio do porta-aviões John C. Stennis para setembro, informou o secretário de imprensa do Pentágono, George Little.
"Há uma série de fatores que contribuem para estes novos requerimentos e decisões" disse Little, para quem a medida não é uma ameaça concreta. De acordo com o secretário do Pentágono, trata-se de uma extensão das bases que os EUA têm na área do Oriente Médio, uma região que enfrenta, segundo ele, uma "variedade de desafios".
"Não é segredo que os Estados Unidos e os aliados enfrentam uma série de desafios de diversos cantos", declarou o secretário de imprensa do Pentágono, que, no entanto, descartou que isso esteja relacionado com a situação na Síria e a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz. "O Departamento de Defesa é consciente dos desafios provocados pelo Irã, mas esta não é uma decisão baseada somente nisso", disse Little.
Atualmente há dois porta-aviões americanos na região, o Abraham-Lincoln, que está no mar da Arábia, e o Enterprise, no Golfo Pérsico. O primeiro será substituído pelo Eisenhower, que já se encontra no Mediterrâneo.
É previsto que o porta-aviões Stennis, que possui uma tripulação de mais de 5 mil marinheiros, parta no final de ano. Se isso se confirmar, será evitado um período de transição com apenas uma embarcação do tipo na região.
"A decisão apoiará os atuais requisitos da força naval no Oriente Médio e reduzirá a brecha causada pela saída próxima do USS Enterprise", salientou Little.
O Comando Central mantém uma política que consiste em ter uma média anual de presença na região de 1,7 porta-aviões, levando em conta a saída e entrada das substituições, embora tenha mantido sempre dois, uma tendência que confirma a mudança de data da substituição do Enterprise.
Com Efe