Professores grevistas da UFPI querem que reitor não corte ponto
O comunicado 552047, expedido na sexta-feira (6) pela Secretaria de Relações do Trabalho e Gestão Pública no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – que orienta aos dirigentes de recursos humanos dos órgãos e das entidades da administração pública o corte do ponto dos servidores grevistas – foi tema de discussão na Assembleia dos professores da UFPI (9), que completam 53 dias em greve.
Publicado 10/07/2012 12:26 | Editado 04/03/2020 16:59
“A medida não tem base legal. Existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal que impossibilita este tipo de punição. Isso é uma tentativa de desestabilizar o movimento, uma vez que o direito à greve é assegurado a todos os trabalhadores e, inclusive, aos servidores públicos”, analisa o dirigente.
O assunto “falta por greve” vai ser tratado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em reunião nesta terça-feira (10), em Brasília. A Orientação da Andifes é de ignorar o documento do governo.
Segundo Mário Ângelo, “os reitores da UFPA (Pará), UFES (Espírito Santo) e da UFSM (Santa Maria) já assumiram o compromisso de não cortar o ponto dos servidores da instituição que aderiram ao movimento grevista. Ontem (9), em assembleia geral da Adufpi os docentes aprovaram enviar solicitação a administração superior da UFPI que desconsidere esta orientação governamental, fazendo valer tanto a decisão do STF como a posição da Andifes que reconheceu a legitimidade do movimento paredista.Esperamos que o reitor da UFPI não tome mais uma vez uma atitude ilegal”.
Fonte: Portal Cidade Verde