Obama quer que ricos paguem mais impostos
O presidente norte-americano Barack Obama fez um apelo ao Congresso, nesta segunda-feira (09), para estender por mais um ano o programa de redução de impostos para pessoas que ganham menos que 250 mil dólares por ano, lançado no governo do antecessor George W. Bush. O incentivo tributário deve expirar em janeiro de 2013.
Publicado 10/07/2012 09:47
Ao mesmo tempo, Obama sinalizou que os mais ricos deveriam pagar mais impostos. Os republicanos dizem que permitir o aumento de impostos para norte-americanos mais ricos iria prejudicar os proprietários de pequenas empresas, que estão ajudando a criar empregos em uma economia em dificuldades.
Em sua defesa, o presidente declarou que a manutenção do programa de redução tributária para a chamada classe média tende a favorecer 98% das famílias norte-americanas e 97% dos pequenos e médios negócios. "A atual redução de impostos para os mais ricos é a forma menos provável de promover o crescimento econômico", destacou o presidente dos EUA.
Um por cento dos norte-americanos mais ricos pagam só 18,5% de impostos sobre seus rendimentos, quase metade da taxa oficial de 35%, confirmou um estudo do Tax Policy Center (TPC). Uma investigação desta organização não-governamental descobriu que quase dois terços dos milionários do país pagam muito menos em impostos anualmente do que o oficialmente estabelecido pelo estado.
A maioria consegue eludir seus impostos graças a atalhos legais ou sentido vago nas normas taxativas em sua maioria relacionados a descontos para obras de caridade ou por subsídios a crianças, entre outros fatores. O assunto atraiu a atenção midiática quando foi descoberto que o candidato presidencial republicano, o ex-governador Mitt Romney, só pagava 15% de impostos, apesar de reunir uma fortuna de 250 milhões de dólares.
De acordo com o TPC, ao menos 24 mil dos contribuintes milionários não pagaram absolutamente nenhum imposto sobre rendimentos no ano de 2011 e aqueles que somam em seus cofres mais de 65 mil dólares por ano pagaram só 9%.
Fonte: Opera Mundi