EUA e aliados querem "diálogo" na Palestina e guerra na Síria
O presidente francês, François Hollande, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediram nesta sexta-feira (6) a israelenses e palestinos que retomem o diálogo "em condições aceitáveis" para ambas as partes. Eles se encontraram durante reunião realizada em Paris nesta sexta do grupo de países autodenominado “amigos da Síria".
Publicado 06/07/2012 16:31
Na realidade foi uma reunião de apoio à oposição síria e de provocação e ameaças contra o governo do presidente Bashar Al-Assad. Os mais exaltados inimigos da Síria reunidos em Paris chegaram a falar em “punir os crimes” de Assad.
O encontro serviu também para abordar a questão iraniana.O Irã está sempre no alvo das manobras diplomáticas dos países imperialistas e hoje se encontra sob ameaça de ataque. Segundo um comunicado emitido pela Presidência da República francesa, no encontro também foi abordada a relação que o Irã mantém com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Hollande e Hillary disseram que pretendem a "plena aplicação das resoluções do Conselho de Segurança (das Nações Unidas) e do Conselho de Governadores da AIEA".
Ajuda massiva aos "opositores"
A conferência dos autodenominados Amigos da Síria anunciou também uma ajuda massiva para os opositores, posição recusada por Rússia e China.
A declaração final do encontro assinala que "aqueles, cuja presença comprometa a credibilidade da transição, deverão ser apartados" e acrescenta que "Al-Assad deve abandonar o poder".
Os presentes no encontro de Paris decidiram aumentar em massa a ajuda aos grupos opositores, responsabilizados por Damasco pela situação de violência que vive o país.
Ao mesmo tempo, reclamaram ao Conselho de Segurança da ONU aprovar sanções "mais fortes e duras" contra o país árabe, a que se opuseram determinadamente Rússia e China, membros permanentes desse organismo com direito ao veto.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, declarou aqui que ambos os países "devem pagar um preço" por bloquear as sanções da ONU que pressionariam Al-Assad a renunciar.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, se negou a participar do encontro dos Amigos da Síria, um grupo que desde o princípio tem buscado "respaldar a oposição".
"Não podemos compartilhar os propósitos desse grupo porque estão dirigidos a provocar a confrontação, não a criar um ambiente para o diálogo sem a intervenção estrangeira", declarou Lavrov.
A próxima reunião dos chamados Amigos da Síria será efetuada no Marrocos.
Do Portal Vermelho, com agências