A invariável política agressiva dos EUA e Israel no Oriente Médio
A situação no Oriente Médio é pauta permanente do Portal Vermelho. A política levada a efeito na região pelo imperialismo estadunidense e seu aliado Israel, desafia os povos em todo o mundo, requerendo dos ativistas sociais uma solidariedade militante. Hoje, a situação se agrava com ameaças de ataque ao Irã e à Síria, sob falsos pretextos. A linha editorial se baseia na Resolução do 12º Congresso do PCdoB (novembro de 2009), que mantém toda a sua atualidade. Leia o trecho que se refere ao tema.
Publicado 01/07/2012 11:45
O quadro internacional é fortemente marcado pela execução do plano de reestruturação do grande Oriente Médio, através do qual os Estados Unidos, sob o pretexto de democratizar a região, pretendem moldar regimes dóceis e submissos para facilitar a consecução dos seus objetivos estratégicos de domínio desta importante região, rica em recursos energéticos.
É uma ofensiva de grande envergadura, estendendo-se ao norte da África e à Ásia Central, onde o Paquistão surge como um importante foco de conflitos e terreno vulnerável à ação intervencionista estadunidense.
Fato da maior gravidade foi a criminosa agressão israelense contra o povo palestino na Faixa de Gaza, uma agressão que se afigurou como um verdadeiro genocídio e hediondo crime de lesa-humaniodade, que foi alvo da condenação dos povos, das nações democráticas e da própria ONU.
Apesar das palavras conciliatórias do presidente estadunidense Barak Obama, o Oriente Médio continua vivendo situação tensa e explosiva e ainda não foi dado nenhum sinal de que outra política será aplicada na região.
A rigor, nada se alterou em essência no propósito de moldar regimes dóceis e submissos, sob o pretexto de democratizar a região, a fim de facilitar a consecução de objetivos estratégicos de domínio.
O Estado sionista israelense, principalmente depois da constituição de mais um governo de direita, aumenta sua arrogância, intransigência e agressividade. Já não disfarça seu propósito expansionista e de fazer de Israel um Estado étnico, religioso e integralista, o que implica a expulsão dos palestinos de sua terra.
Israel nega liminarmente o reconhecimento do Estado palestino livre, soberano e independente, com capital em Jerusalém Leste e Forças Armadas próprias. Comporta-se de maneira intransigente quanto ao repatriamento dos refugiados, sobre o que há resolução das Nações Unidas. Israel desrespeita e viola sistematicamente o direito internacional e as resoluções da ONU concernentes ao conflito árabe-israelense, como a Resolução 242, que estabelece a total retirada de todos os territórios árabes ocupados em 1967.
A agressividade israelense atinge também outros países árabes. Em 2006, sua aviação bombardeou sistematicamente o Líbano, numa outra guerra em que cometeu genocídio. Problema dos mais agudos na crise do Oriente Médio é a continuação da ocupação dos territórios sírios das Colinas de Golan.
Fonte: Documentos do 12º Congresso do PCdoB