Luciano é o candidato a vice-prefeito na chapa de Geraldo Júlio
O deputado Luciano Siqueira (PCdoB) é o nome escolhido pela Frente Popular para compor a chapa majoritária encabeçada pelo socialista Geraldo Júlio que vai concorrer à Prefeitura do Recife nas eleições de outubro próximo.
Publicado 29/06/2012 18:30
A indicação foi anunciada na tarde desta sexta-feira (29), pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, em entrevista coletiva realizada na sede do partido, no bairro do Espinheiro.
Além de político e dirigente partidário de reconhecido compromisso com as mudanças e os interesses do povo, capacidade de diálogo e serenidade, Luciano acumula ainda em seu currículo a experiência de oito anos no exercício do cargo de vice-prefeito do Recife, quando dividiu a gestão da cidade com o então prefeito João Paulo (PT), em dois mandatos consecutivos entre 2001 e 2008, ajudando a governar o Recife à luz do compromisso de
trabalhar por uma cidade mais humana.
No atual processo, Luciano se destacou, juntamente com o presidente estadual do PCdoB, Alanir Cardoso, na condução das conversas com todos os partidos da Frente Popular do Recife em busca da unidade das forças progressistas de Pernambuco, que se viu fragilizada ante as disputas internas protagonizadas pelos membros do Partido dos Trabalhadores no Estado.
“A intenção do nosso partido foi sempre a de unir a Frente Popular do Recife”, destaca o agora candidato a vice-prefeito do Recife.
Perfil
Eleito em 2010 com 40.331 votos, Luciano Roberto Rosas de Siqueira, 63 anos, exerce seu segundo mandato como deputado estadual. Na Assembleia Legislativa, Luciano tem uma atuação firme e determinada na defesa dos interesses de Pernambuco e do Brasil. Sua plataforma parlamentar tem como foco o desenvolvimento com distribuição de renda, valorização do trabalho e sustentabilidade ambiental.
Todo esforço é para honrar os compromissos de campanha e exercer o mandato de maneira transparente e democrática, possibilitando a qualquer cidadão ou cidadã recifense acompanhar a atuação e ter acesso permanente à prestação de contas do parlamentar.
Os 18 meses do mandato de deputado estadual vem sendo exercidos por Luciano em várias frentes, com destaque para a forte atuação junto aos trabalhadores de diversas categorias, na defesa do desenvolvimento com sustentabilidade ambiental e respeito aos direitos humanos e sociais, a participação nas comissões temáticas da Assembleia Legislativa e a presença
na tribuna da Casa.
O apoio à luta dos trabalhadores, compromisso do mandato e eixo importante da plataforma parlamentar, incluiu conversas com dirigentes sindicais, participação em assembleias de classes e reuniões com o patronato. Tudo no sentido de promover o diálogo entre as partes e o atendimento das reivindicações trabalhistas.
As oportunidades de emprego geradas pelo novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco e a demanda por mão de obra qualificada são temas recorrentes na pauta de debates do mandato.
Nesse período, Luciano passou a integrar dez das 17 comissões temáticas da Casa, entre elas a de telefonia móvel, cuja criação propôs e da qual é presidente; ciência e tecnologia; meio ambiente; ética e direitos da mulher. Sua atuação nesses colegiados vai além da presença nas reuniões de rotina, se estendendo a visitas a instituições e a outras atividades de campo. Também integra duas frentes parlamentar: pela Cidadania LGBT e de acompanhamento da reforma política.
Ele também levou à tribuna da Casa o debate de temas relevantes no cenário estadual, nacional e internacional, a exemplo do pronunciamento feito em protesto à invasão da Líbia pelos Estados Unidos e seus aliados europeus, em março deste ano.
Luciano participou ainda de diversos fóruns de debate da conjuntura política, econômica e social do País, como a reunião do Conselho Nacional das Cidades, quando assumiu o cargo de conselheiro.
Essa interação com as demandas da sociedade é exercitada à luz da convicção de que o mandato é um instrumento da luta popular e do compromisso de fazer avançar as mudanças iniciadas pelo governo do ex-presidente Lula e ampliadas com a eleição da presidente Dilma Rousseff e a reeleição do governador Eduardo Campos, em 2010.
Cidadão do Recife
Luciano Siqueira nasceu em Natal (RN). Ainda adolescente se transferiu para o Recife, quando ingressou como voluntário no MCP – Movimento de Cultura Popular, na gestão do então prefeito Miguel Arraes. É Cidadão honorário do Recife e de Pernambuco, honrarias concedidas pela Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal do Recife.
Iniciou sua atuação política no movimento estudantil, na década de 1960, quando cursava medicina na UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. No combate à ditadura militar teve seus direitos de estudante cassados por três anos. De 1970 a 1974, fugindo da perseguição policial, já militando no Partido Comunista do Brasil, atuou na clandestinidade, sobrevivendo como vendedor ambulante no interior do Nordeste. Foi preso e torturado. Em 1976,
retornou à universidade. Ainda estudante, dirigiu a sucursal do semanário "Movimento", de oposição ao regime militar. Como médico, trabalhou em projetos de Saúde Comunitária. É pós-graduado em Saúde Pública.
Exerceu o primeiro mandato de deputado estadual eleito pelo PMDB em 1982. Participou de campanhas pela redemocratização do País, como os movimentos pela Anistia e Diretas Já, pela Constituinte de 88 e Fora Collor. Como dirigente municipal, estadual e nacional do PCdoB, sempre se destacou nas articulações para unir a esquerda em Pernambuco.
Em 2006, representando as forças progressistas do Estado foi candidato ao Senado, quando obteve 33% dos votos válidos do Recife e quase um milhão de votos no cômputo geral.
Em 2008, elegeu-se vereador do Recife, com 13.113 votos, sendo o mais votado entre os vereadores da Frente Popular. Luciano exerceu o mandato de maneira transparente e democrática, tornando-o instrumento da luta popular. Apresentou importantes projetos de lei, entre eles o que instituiu a Política Municipal do Livro e de Incentivo à Cultura da Leitura (Lei nº
17.600/2009) e criou a Semana Burle Marx (Lei nº 17.571/2009).
Por Audicéa Rodrigues, de Recife