Holocausto vira entretenimento em Israel

O genocídio que matou milhões de judeus há quase 60 anos durante a segunda guerra mundial está sendo tratado como entretenimento pelas próprias vítimas. O chamado “holocausto” servirá de tema para um concurso de miss.

Parece brincadeira, considerando-se toda a dor que o episódio envolve e as barbaridades tão divulgadas em todo o mundo via produção cultural e a própria percepção histórica da humanidade. Mas não é piada, se for, é do tipo de “muito mau gosto”.

Conservadores se indignaram

Senhoras entre 73 e 89 anos, que sobreviveram aos campos de concentração, participaram do inusitado concurso de beleza "miss sobrevivente do holocausto" em Israel.
A proposta do concurso gerou polêmica uma vez que, para os mais conservadores, ele teria banalizado um tema trágico para o qual não cabem celebrações.

O jornal Yedioth Aharonoth chegou a publicar a carta de um leitor enfurecido, também sobrevivente do genocídio, que alegou que o evento é uma “tentativa de explorar o mais cruel derramamento de sangue na História visando ao entretenimento”.

Finalistas e sobreviventes

Uma das finalistas foi Esty Lieber, de 74 anos, que nasceu na Polônia em 1937 e perdeu seu pai quando tinha apenas cinco anos. A candidata subiu ao palco e contou sua história para o público e para as demais concorrentes. A vencedora, contudo, foi Hava Hershkowitz, de 78 anos, nascida na Romênia.

O promotor do concurso de beleza, Shimon Sabag, rejeitou todas as críticas e argumentou que o evento é muito importante para manter viva a ”lembrança da história” e, ao mesmo tempo, “fazer com que os sobreviventes pensem no presente”.

Fonte: Opramundi/Efe