Pútin reafirma que crise na Síria não requer intromissão externa
O presidente da Federação Russa, Vladímir Pútin, insistiu nesta segunda-feira (25) na necessidade de resolver a crise síria e de outras nações do Oriente Médio e o norte da África sem uma intromissão externa, segundo emissoras de televisão israelenses.
Publicado 25/06/2012 16:36
Após reunir-se em Telavive com o premiê israelense, Benjamín Netanyahu, Pútin reiterou que as diferenças regionais devem ser resolvidas sem a intervenção estrangeira, após analisar a situação na Síria e o problema em torno do programa nuclear do Irã.
"Contamos com cerca de um milhão de antigos compatriotas em Israel e somos os primeiros interessados em uma estabilidade regional para garantir que essas pessoas vivam em paz e segurança", declarou.
"Desde o início das chamadas 'primaveras árabes', a Rússia sempre se pronunciou para que as "transformações democráticas transcorressem de forma civilizada e sem a ingerência externa", apontou.
"Como pano de fundo dos conflitos atuais no Oriente Médio e no norte da África estão os antigos problemas como o conflito árabe-israelense. Nós conclamamos todas as partes a restabelecer o processo de negociações, único caminho para resolver esse problema", estimou.
Ainda assim, considerou que seu país e Israel deveriam cooperar para enfrentar as tentativas de tergiversar as realidades da Segunda Guerra Mundial e as lições que é necessário tirar disso, segundo opinou.
O chefe de Estado russo se reunirá amanhã na cidade de Belém com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, com quem conversará sobra a rodada de negociações realizada em Amã, onde a ANP apresentou propostas, recusadas por Telavive.
Um comunicado do serviço de imprensa do Kremlin assinalou que uma das condições para o avanço das negociações palestino-israelenses consiste em colocar um fim à criação de colônias ilegais israelenses em territórios ocupados e à violência na região.
Fonte: Prensa Latina