Paraguaios resistem ao golpe e formarão frente de apoio a Lugo
Partidos de esquerda e movimentos sociais do Paraguai organizam a criação da Frente para Defesa da Democracia, para fazer oposição ao governo do novo presidente do país, Federico Franco. O lançamento será nesta segunda-feira (25), em Assunção. Frente à gravidade dos acontecimentos no país, o Portal Vermelho está enviando a jornalista Vanessa Silva para ser correspondente na capital paraguaia.
Publicado 24/06/2012 08:40
O deputado Ricardo Canese (Partido Guasú) e Oscar Sostoa, ex-vice-ministro do Interior do governo Lugo, lideram o grupo para a formação da frente, cujos integrantes se reuniram neste domingo (23) para definir uma assembleia na segunda-feira. A Frente denuncia a ruptura institucional do Estado.
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Na reunião, vários integrantes do grupo discursaram. Eles disseram que farão campanha para levar a sociedade a aderir ao que foi chamado de mobilização pacífica ativa. A ideia é promover manifestações com cobranças e críticas ao governo Franco, mas de forma pacífica e sem uso da violência.
O movimento esclarece que o processo conduzido no Paraguai ignorou o princípio de direito
fundamental de auto-defesa e o processo legal, utilizando conceitos e práticas da ditadura de Alfredo Stroessner (1954 a 1989.).
Eles também classificam como grave o episódio e sustentam que serão nefastas as consequências para a economia, sociedade e vida institucional da República, por isso, deve ser invertido imediatamente.
Os integrantes do grupo reclamaram do que definiram como “campanha do medo”. Com receio da repressão policial e militar, muitos paraguaios ficaram em casa ontem, evitando a participação nos protestos contra a destituição de Lugo. Segundo Oscar Sostoa, houve um “clima de terror” para amedrontar os manifestantes e esvaziar as ruas.
Com informações da Agência Brasil