Alba: “Repudiamos o golpe de Estado no Paraguai”
Os países membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) se reuniram na sexta-feira (22) para tomar posição diante dos acontecimentos políticos no Paraguai. O organismo condenou e repudiou “categóricamente” o golpe de Estado e afirmou que o julgamento político de Fernando Lugo foi marcado por irregularidades.
Publicado 24/06/2012 03:48
O suposto julgamento político, sumaríssimo – prossegue a nota da Alba – foi executado em 24 horas, com um regulamento elaborado “na medida” do acusado, descumprindo normas elementares do devido processo e violentando o mais básico direito à defesa do presidente constitucional da República, Fernando Lugo.
Os países da Alba lembram na nota que entre as insólitas acusações contra Lugo foram incluídos temas tais como ales como: ter assinado um Protocolo pela Democracia no Mercosul, ter permitido uma reunião de jovens em uma instalação militar e ser o responsável pela morte de pessoas em uma ação de despejo que nem sequer foi solicitada pelo governo, mas pela Justiça. Assinalando que o libelo acusatório postulou que não era necessária a apresentação de provas de nenhuma das acusações, a nota da Alba destaca: “Foi um julgamento que já tinha uma sentença desde o início, instigado pela dirfeita e a oligarquía paraguaia que deram um golpe na democracia latino-americana e caribenha, usurpando o poder que estava sob a responsabilidade de um presidente legitimado pela votação popular. Com esta ação, levou-se ao Paraguai as velhas práticas políticas que acreditábamos já superadas, e se instalou um governo ilegítimo”.
Na oportunidade, os governos que constituem a Alba manifestam “a mais firme solidariedade com o presidente constitucional eleito pelo povo paraguaio”.
A nota afirma taxativamente que as nações da Alba não reconhecem o presidente de fato, Federico Franco, eleito apenas pelos 39 votos do Senado paraguaio.
Por último, os governos da Alba alertam as nações do mundo sobre esta nova forma de golpe de Estado supostamente institucional e parlamentar que se estaria implementando com a finalidade de atacar os processos de independência e integração latino-americana e caribenha.
Fonte: Cubadebate