Vacinação contra poliomielite alcança alto índice em Brasília
O Distrito Federal alcançou 69% da meta para a vacinação contra a poliomielite este ano, já no primeiro dia da campanha.
Publicado 19/06/2012 10:54 | Editado 04/03/2020 16:41
Foram vacinadas 139.368 crianças, nesse sábado (16), das 191.978 mil previstas (95% da população alvo) em toda a campanha que termina dia 6 de julho.
A média nacional no primeiro dia foi de 53,68% de cobertura, com 7.595.208 crianças vacinadas no sábado. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas. O alerta é da diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Sônia Geraldes. “A vacina oral leva à proteção coletiva e é muito importante que os pais compareçam aos postos para imunizar seus filhos”, ressalta.
A abertura oficial da campanha ocorreu na manhã desse sábado, no Centro de Saúde 8, na 514/515 da Asa Sul. No total, 309 postos distribuídos em centros de saúde, hospitais, escolas, igrejas, shoppings e supermercados, funcionaram das 8h às 17h.
Foram mobilizadas 2.567 pessoas e 148 veículos. Agora, após o Dia de Mobilização Nacional (Dia “D”), os pais ou responsáveis devem procurar as salas de vacinação dos centros de saúde. Foram distribuídas 303.200 doses da vacina oral contra a pólio. Este é o 33º ano de campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite, e o 23º ano sem a doença no país. O último caso de poliomielite em Brasília foi em 1987.
Manter a erradicação
O objetivo da campanha, de acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica, é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva e a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente. “Os países livres da poliomielite precisam manter altas coberturas vacinais contra a paralisia infantil”, destaca a chefe do Núcleo de Imunizações da SES, Rosana Campos.
Considera-se que ainda há risco de reintrodução do polivírus selvagem no Brasil, devido à possibilidade de importação de casos provenientes de países endêmicos ou pela ocorrência de surtos em países não endêmicos que possuem baixas coberturas vacinais. A doença encontra-se erradicada no país desde o início dos anos 90, em virtude do êxito da política de prevenção, vigilância e controle desenvolvida pelos três níveis do Sistema Único de Saúde.
Só não podem tomar a vacina as crianças com infecções agudas com febre acima de 38º C; imunodepressão congênita ou adquirida (quimioterapia, Aids, drogas imunodepressoras etc.); história de alergia grave a algum componente da vacina. Em caso de dúvida procurar orientação do seu médico. A vacina oral contra a poliomielite é extremamente segura, sendo raras as reações associadas a sua administração.
Poliomielite
A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e a evolução desta manifestação, frequentemente, não ultrapassa três dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular.
Cobertura vacinal de rotina contra Poliomielite:
2008 – 97%
2009 – 99,7%
2010 – 94,4%
2011 – 95,9%