Rodada de Negócios movimenta setor artesanal em Salvador

“Foi bem proveitoso. Conheci pessoas diferentes, renovei meus clientes e as vendas foram ótimas”, afirmou Vera Cruz, que produz baianas de cabaça. Artesã há mais de 30 anos, Vera conta que, desde que se cadastrou no Instituto Mauá, há 10, sua vida melhorou em 100%: “É como eu digo: o Mauá é uma mãe pros artesãos, é uma porta aberta, é um coração grande que abraça todos”. Participando da Rodada pela segunda vez, ela contabilizou em torno de 550 peças encomendadas por compradores do Rio de Janeiro, Natal, Maceió e Salvador.

“A Rodada só traz coisas boas. É a oportunidade de conhecer novos produtos e fornecedores, que é o básico para o cliente”, endossou a lojista de Natal, Rita de Cássia Alves, que se tornou cliente de Vera Cruz, além de também ter adquirido artesanato de pedra, tecelagem e telas. “Achei excelente e muito prático pra gente, que vem de fora”, concordou o paulista Ricardo Pedroso. Segundo ele, que é dono de uma loja de arte popular e artesanato, e já soma três participações na Rodada de Negócios, os produtos baianos costumam ser muito bem aceitos em São Paulo. “Comprei tecelagem, cerâmica… Acho que comprei um pouquinho de tudo. Praticamente, toda mesa que sentei, comprei alguma coisa”, revelou.

Negócios – Mais uma vez, a Rodada se mostrou um bom negócio para empresários e artesãos. “A Rodada traz novos clientes e isso é muito bom”, afirmou a artesã Neide de Jesus, que vendeu seus orixás e balangandãs de metal para São Paulo e Rio de Janeiro; além de Salvador. A contabilidade das encomendas?! Neide sequer conseguiu mensurar.

Já Reinaldo Santos, que produz instrumentos musicais há 22 anos, somou 30 peças para um único comprador, de São Paulo. “Mas eu vendo para Itália, França e Alemanha. E, em torno de 80% disso, por conta do Mauá, que está sempre me passando clientes e dando apoio. Pra mim, o Mauá é primeiro lugar”, destacou ele, que é cadastrado no Instituto há 18 anos.

A estimativa é de cerca de 700 artesãos indiretamente beneficiados nesta edição da Rodada de Negócios, graças à parceria Sebrae/BA e Mauá que, desde 2008, promovem o evento. “É a oportunidade do artesão entrar em contato com outros compradores, firmar novas parcerias e ampliar sua carteira de clientes”, pontuou a diretora geral do Instituto, Emília Almeida. “O resultado é o reconhecimento nacional do seu trabalho e a geração de mais trabalho e renda, fomentando a economia baiana e melhorando a qualidade de vida dos artesãos”, arrematou.

Na mesa de negociação estão peças das mais variadas tipologias: artesanato de pedra, cerâmica, cestaria e trançado, bio-jóias, instrumentos musicais, orixás e balangandãs de metal, baianas de cabaça, bolsas de tecelagem, batas pintadas à mão, bijuterias de côco e sementes, mandalas, esculturas de madeira, bonecos de papel machê; entre outras.

Fonte: Ascom/ Instituto Mauá