Grécia: conservadores saem na frente nas eleições legislativas
Com dois terços dos votos apurados, o partido de centro-direita Nova Democracia é o mais votado, com 30,1% dos votos, contra os 26,5% do Syriza (Coligação de Esquerda Radical).Traduzindo os votos para assentos parlamentares, o Nova Democracia conseguiria assim 130 deputados (contando já com o bônus de 50 para o vencedor) e poderia formar coligação com o PASOK (Partido Socialista) que, segundo estes resultados, que ainda não são definitivos, obterá 12,7%, que lhe darão 34 deputados.
Publicado 17/06/2012 18:10
Serão 164 deputados, pouco mais do que os 151 necessários para uma maioria absoluta.Seria um governo fraco, segundo os analistas. Daí que do quartel-general do PASOK tenham chegado notícias das intenções do partido de incluir no Governo o Syriza, que para já conseguiu eleger 71 deputados.
Pouco depois, o líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, apelaria, numa coletiva de imprensa, à formação de um governo de “unidade nacional” porque “o país não tem um minuto a perder”.
Um convite que o líder da Coligação de Esquerda Radical declinou de imediato. “Telefonei a Samaras para o felicitar, pode formar um governo”, afirmou Alexis Tsipras, que reconheceu a derrota face à direita nas eleições legislativas. “Estaremos presentes na oposição, representaremos aqueles que estão contra o memorando” e as políticas de austeridade da União Europeia e do FMI, garantiu.
Da sede do Nova Democracia chega a informação de que o partido começará a negociar a formação de um governo com base em alguns pontos: de que o primeiro-ministro terá de ser o líder do partido, Antonis Samaras, que anunciará uma “base de programa de Governo para manter o país no Euro e renegociar alguns pontos do memorando” com a troika.
De resto, mantêm-se os mesmos sete partidos que saíram do Parlamento nas eleições inconclusivas de 6 de Maio. O quarto lugar parece ter afinal sido ocupado pela direita populista dos Gregos Independentes, com 7,5% e 20 deputados, seguidos pelos neonazistas do Aurora Dourada com 7% e 18 deputados (apesar do incidente da agressão do seu porta-voz em plena entrevista televisiva) e finalmente o Esquerda Democrática (Dimar), com 6,1% e 16 deputados, e o Partido Comunista com 4,5% e 12 deputados.
Fonte: Público