Patriota visita Cúpula dos Povos e elogia participação popular
O nível de participação da sociedade civil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) não tem precedente, disse nesta sexta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo ele, mais de 1 milhão de recomendações foram encaminhadas por meio da plataforma online criada pelo governo federal para reunir propostas populares sobre desenvolvimento sustentável.
Publicado 15/06/2012 16:27
O ministro lembrou que as sugestões que receberam maior apoio, também por meio da plataforma digital, servirão de base para os debates presenciais no Rio, durante os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, que começam amanhã (16), no Riocentro.
“Cinquenta mil pessoas participaram da plataforma online e mais de 1 milhão de recomendações foram feitas, o que dá uma média de 20 recomendações por participante. Tudo isso é sem precedente e uma maneira de dar voz aos participantes e fazer com que essa voz seja ouvida”, avaliou, hoje (15), durante visita à Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro. O evento acontece paralelamente à Rio+20.
Patriota minimizou a importância de uma possível vinda do presidente norte-americano, Barack Obama, à conferência. De acordo com ele, esse não é o tema mais importante do evento. “Isso não é assunto da Rio+20 neste momento, com toda essa movimentação governamental, ambiental e social, com 193 países trabalhando. Os Estados Unidos decidirão uma questão relativa a eles, quem é que os representa. A informação que eu tenho é que a delegação americana será chefiada pela secretária de Estado, Hilary Clinton, e terei grande prazer em recebê-la”, disse, depois de as tendas que compõem a Cúpula dos Povos e que abrigarão os debates populares.
Em uma delas, ele se encontrou com lideranças e representantes de etnias indígenas e ouviu de alguns deles pedidos para a aceleração do processo de demarcação das terras desses povos. O ministro fez um breve discurso e destacou a importância do evento para ampliar os esforços em prol do desenvolvimento sustentável.
“Essa conferência tem tudo para ser um marco histórico, mas ela não se limita em si mesma. Devemos criar uma rede de contatos para levarmos adiante nosso esforço pelo desenvolvimento sustentável, conciliando crescimento com justiça social, consciência ambiental”, disse.
Fonte: Agência Brasil