Chanceler russo vai ao Irã abordar cúpula sobre Síria
O ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, viajará nesta quarta (13) a Teerã com a missão de abordar a possível participação iraniana em uma conferência internacional em Moscou sobre a Síria.
Publicado 13/06/2012 13:02
Lavrov também deve analisar com as autoridades da República Islâmica as negociações do sexteto mediador (Rússia, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Chinesa e Alemanha) sobre a disputa em torno do programa nuclear de Teerã.
De acordo com a chancelaria russa, o ministro do Exterior se referirá aos acontecimentos em geral no Oriente Médio e no norte da África como o caso da renovada disputa interna na Líbia e o sírio.
Moscou considera que uma conferência internacional sobre Damasco requer a participação da República Islâmica para que não se desperdicem as possibilidades de influir positivamente na solução da crise síria, destaca o Ministério russo do Exterior.
Os Estados Unidos recusam categoricamente a presença do Irã na conferência que pretende convocar o Kremlin com a participação de cerca de 15 nações.
A iniciativa russa envolve os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Rússia, Chinesa, França, Estados Unidos e Grã-Bretanha), os estados vizinhos como Líbano, Turquia, Iraque, Jordânia e Irã, e outras nações como Catar e Arábia Saudita.
Também ao fórum foram convidadas entidades internacionais como a Organização para a Cooperação Islâmica, a União Europeia, as Nações Unidas e a Liga Árabe (LA), cujo secretário geral, Nabil el-Arabi, deverá viajar a esta cidade no final deste mês.
Na semana passada, Lavrov denunciou a participação cada vez mais descarada de organizações terroristas no conflito sírio e o fornecimento de equipamentos a grupos armados a partir do exterior, bem como o ataque dirigido contra especialistas russos na Síria.
Neste país, encontra-se uma missão de observadores internacionais para monitorar o cumprimento do cessar fogo que deveria entrar em vigor no último 12 de abril, segundo estipula um plano de seis ponto do enviado especial para a Síria da LA e da ONU, Kofi Annan.
Fonte: Prensa Latina