Jô Moraes confirma: PCdoB sai na frente em apoio às mulheres
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) destacou notícia publicada no jornal Folha de S. Paulo na edição desta segunda-feira (11) com o título Mulheres recebem apenas 8% dos repasses dos partidos. Segundo a notícia, “a única sigla que, proporcionalmente, deu mais dinheiro para as mulheres do que para os homens foi o PCdoB”.
Publicado 12/06/2012 11:27
Eis a íntegra da notícia:
“A maioria dos partidos políticos brasileiros discrimina suas candidatas na distribuição interna de dinheiro para campanha eleitoral. Um levantamento feito pela Folha sobre o comportamento das siglas na última eleição para a Câmara dos Deputados mostra que, além de minoritárias dentro das chapas, as mulheres recebem, proporcionalmente, bem menos recursos que os homens.
O levantamento foi realizado a partir dos R$102,4 milhões distribuídos em 2010 pelos diretórios nacionais dos 14 maiores partidos do país. É o dinheiro que as siglas recebem como doação e repassam às campanhas de açordo com critérios próprios.
Entre os 14 maiores partidos, as mulheres representavam 19,7% das candidaturas à Câmara, mas ficaram com apenas 8% dos recursos.
Uma lei determina que 30% das vagas em eleições proporcionais (deputado e vereador) sejam reservadas para mulheres. Essa cota, porém, raramente é atingida. A alegação comum é que os 30% na inscrição não são atingidos porque os partidos não encontram interessadas.
Ao ser apresentado aos números que comprovam o subfinanciamento das campanhas femininas, o procurador regional eleitoral de São Paulo, André de Carvalho Ramos, chegou a defender que a cota dos 30% de vagas seja aplicada também para a distribuição interna de dinheiro.
Entre os partidos computados, PRB e PPS não deram R$1 a candidatas em 2010.
No PT, as 71 candidatas a deputada federal representavam 20,9% do total de candidaturas. Mas elas receberam apenas 7,6% dos recursos do diretório nacional.
O deputado estadual Edinho Silva, presidente do diretório do PT-SP, reconhece o deficit: “O partido não é uma ilha isolada do resto da sociedade. Dizer que não há preconceito e discriminação contra as mulheres dentro do PT seria uma hipocrisia”.
O PSDB foi ainda pior. Com praticamente a mesma proporção de candidatas, 20,4%, dedicou apenas 1,7% do dinheiro para elas. Para o presidente nacional do partido, o deputado federal Sérgio Guerra (PE), “esse quadro só mudaria com mais mobilização e pressão das mulheres”.
A única sigla que, proporcionalmente, deu mais dinheiro para as mulheres do que para os homens foi o PCdoB. Nas inscrições, porém, o partido também ficou abaixo da cota dos 30%.”