Campanha para aumentar doadores para transplantes
“Uma vida pode estar em suas mãos”. Esse é o lema da campanha organizada pela família do bancário José Robledo, 28 anos, que está com leucemia e à procura de um doador compatível de medula óssea. Assim como ele, 1.205 pessoas estão na mesma situação no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O problema é que a chance de encontrar um doador compatível é de uma em cem mil.
Publicado 12/06/2012 10:27 | Editado 04/03/2020 16:41
Desde o ano 2000, o Ministério da Saúde investiu R$ 900 milhões no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). É o terceiro maior registro mundial de doadores voluntários de medula óssea, com mais de 2,7 milhões de doadores cadastrados. Quando começou o cadastro, havia 12 mil voluntários inscritos.
Mesmo com este banco, o Ministério da Saúde, Hemocentro e Instituto Nacional do Câncer (Inca), não sabem definir quantos estão na espera no DF, mas o Hemocentro afirma que já conseguiu atingir o número de doadores anual, que é de 2.820 pessoas.
“Não fazemos mais campanhas, pois o número limite, indicado pelo Ministério da Saúde, já foi atingido. O que fazemos agora é manter esse banco. Esse limite foi definido, pois existiam muitos laboratórios que faziam a coleta indiscriminada devido ao ganho que recebiam do governo. Mas o cadastro deve ser ampliado, porém, com segurança e eficácia”, explica o diretor executivo da Fundação Hemocentro de Brasília, José Antônio Vilaça.
Tratamento Fora
Hoje, José Robledo Nicolau está internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, aos cuidados de um oncologista em Curitiba, por indicação de um médico do Hospital Anchieta, que cuidava do caso. A transferência ocorreu porque em Brasília não há suporte para fazer transplante de medula óssea.“Aqui em Brasília não tem local que faça o transplante. Então, ele foi para lá, que o hospital é referência no tratamento, está fazendo quimioterapia e aguardando um doador com urgência. Ele é um paciente guerreiro e está lutando com todas as forças para sobreviver”, afirma Polyana Nicolau.