Presidente libanês pede a líderes políticos diálogo nacional
O presidente Michel Suleiman fez um chamado neste sábado (9) aos líderes de todas as forças políticas e religiosas do Líbano a participarem do diálogo nacional da segunda-feira (11) para discutir temas pendentes como as armas do Hezbollah.
Publicado 09/06/2012 15:57
Suleiman, que conduzirá a conferência de diálogo no palácio presidencial de Baabda, reuniu-se com representantes do bloco opositor 14 de Março, encabeçado pelo ex-primeiro ministro Saad Hariri, para assegurar-se de que participará do encontro do dia 11.
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Membros do partido 14 de Março, que é apoiado pelo Ocidente e pela Arábia Saudita, condicionaram sua presença nas conversas à renúncia do gabinete do premiê Najib Mikati, um sunita respaldado pelo movimento de resistência xiita Hezbollah (Partido de Deus).
O chefe de Estado libanês enviou na semana passada convites aos membros do chamado comitê de diálogo, e o dirigente do Movimento Futuro e ex-chefe de governo Fouad Siniora anunciou que aproveitaria o encontro de hoje para entregar um memorando a Suleiman.
Esse documento expressa a posição do Movimento Futuro (integrante da coalizão 14 de Março) diante do diálogo nacional, em particular sua já conhecida exigência de desarmamento do Hezbollah, grupo que encabeça a coalizão dirigente 8 de Março, indicou o jornal An-Nahar.
Por seu lado, o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, expressou confiança em que a rodada de conversas fortalecerá o consenso entre as principais facções políticas agora enfrentadas.
"O mero fato de que se realizará a sessão de diálogo nacional como está previsto melhorará a situação em 50%", comentou Berri ao acrescentar que "os 50% restantes serão resultado dos esforços" para que a reunião encontre propostas e soluções válidas.
O líder parlamentar e também chefe do movimento xiita Amal elogiou, por outro lado, o chamado do rei Abdulah Bin Abdelaziz da Arábia Saudita às facções políticas libanesas para que trabalhem para acabar com suas "crescentes divisões".
No dia 22 de maio, o monarca wahabita enviou uma carta ao presidente Suleiman na qual defendeu que a "desvinculação do Líbano das lutas externas, particularmente da crise na Síria", depois dos choques armados com mortos na cidade nortista de Trípoli.
Quando o rei e a liderança sauditas tomaram consciência do que está ocorrendo na região, enviaram esta oportuna carta para alertar sober as repercussões negativas que têm para o Líbano uma internacionalização da crise síria, apontou Berri.
Fonte: Prensa Latina