Advogada pede que Obama liberte 5 antiterroristas cubanos

"Precisamos fazer com que o presidente dos Estados Unidos Barack Obama, faça uso de suas faculdades para libertar os cinco antiterroristas cubanos detidos em seu país desde 1998", afirmou a advogada Nuris Piñera.

Não é questão de discutir se se trata de comutação, anistia ou qualquer das figuras jurídicas que ele possa utilizar, senão que acione sua faculdade para libertá-los, declarou à Prensa Latina, a diretora do Birô de Serviços Especializados e advogada dos familiares dos Cinco, como são conhecidos internacionalmente.

Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino, René González e Gerardo Hernández foram condenados por informar sobre planos de ações violentas contra Cuba organizadas por grupos terroristas baseados em território estadunidense.

"Estamos ante um caso político e a única forma que temos de os fazer regressar a seus lares é insistindo com a opinião pública, dando a conhecer a verdade sobre as continuas violações realizadas contra eles", recalçou a jurista.

"Devemos denunciar essas arbitrariedades ante as organizações internacionais para que se pronunciem a favor deste caso; já temos do nosso lado importantes personalidades e outras se somam a esse pedido dentro dos Estados Unidos", acrescentou.

"O que se está fazendo agora é uma solicitação de revisão ao amparo das violações das garantias constitucionais relacionadas com o devido processo, o direito à defesa e a um julgamento justo e um júri imparcial", explicou Piñera ao oferecer uma atualização do tema.

"Disto tratam os Habeas Corpus que se interpuseram e já foram entregues informações suficientes à juíza sobre a contratação de jornalistas que de maneira ilegal deram serviço à promotoria manipulando a verdade sobre o caso", assinalou.

Piñera criticou a duvidosa moral da luta contra o terrorismo que promove Washington no mundo, enquanto mantém a pessoas que o praticam de maneira sistemática em seu território.

Especialistas como os generais Charles Whilhem e Edgard Atkinson, o almirante Eugene Carol, o coronel George Busckner, e inclusive, o ex diretor da Agência de Inteligência do Pentágono, James Clapper, negaram que os Cinco tivessem acesso a dados classificados ou segredos, em declarações públicas.

Com Prensa Latina