Presidente da Síria denuncia complô internacional
O presidente da Síria, Bashar Al Assad, discursou neste domingo (3) em frente à sede do Parlamento e denunciou o “complô internacional” contra o país. Assad reafirmou a acusação de seu governo aos terroristas armados que provocam uma “verdadeira guerra” no país.
Publicado 04/06/2012 07:45
Em discurso de uma hora transmitido pela televisão, o presidente sírio convocou a população a se unir para encerrar os conflitos armados e negou qualquer envolvimento com o massacre na cidade de Houla, no Centro do país, que matou 108 pessoas, inclusive crianças.
Assad disse que há entre os sírios aqueles que receberam dinheiro para participar de manifestações contra o governo e até matar. O presidente negou a possibilidade de diálogo com seus opositores, a quem acusa de ligação com estrangeiros, enquanto estiverem praticando ações terroristas contra a população.
Apesar da presença de 300 observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, a violência na Síria não cessa.
Enquanto isso, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que é necessário enviar mais observadores à Síria. “Todas essas recomendações são muito importantes e espero que venham a ser discutidas pelos membros do Conselho de Segurança”, disse.
Por iniciativa da ONU e da Liga Árabe, foi apresentado em abril ao presidente sírio, Bashar Al Assad, um plano de paz com seis pontos. Nele, o principal acordo é para encerrar a violência no país e adotar um cessar-fogo imediato. No entanto, a medida tem sido violada. O governo sírio atribui a responsabilidade aos grupos armados apoiados pelo exterior, que praticam atos terroristas.
Agência Brasil