Marcha unificada dos servidores reúne professores e estudantes

Os professores federais em greve desde 17 de maio participam nesta terça-feira (5) da Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Caravanas com professores de todas as instituições federais de ensino em greve são esperadas para o ato, que deve reunir cerca de 20 mil trabalhadores federais de todo o Brasil. Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) também estará presente.

Após a marcha, será realizada uma plenária ampliada dos servidores, às 15h, na Esplanada, para votar a greve geral do funcionalismo federal, a partir de 11 de junho. Na tarde desta segunda-feira (4), os servidores promovem uma coletiva de imprensa na sede do Sindicato Nacional dos Docentes das Insituições de Ensino Superior (Andes-SN) para explicar os motivos que podem desencadear a maior greve da história do setor público.

Reivindicações dos servidores

A pauta de reivindicação inclui sete eixos, entre os quais o reajuste de 22,08% (referente à inflação e variação do PIB desde 2010), em conjunto com uma política salarial permanente, com reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporação das gratificações. Os servidores também pedem a implementação de negociação coletiva no setor público, com definição de data-base e o cumprimento, por parte do governo, dos acordos firmados e não cumpridos.

Na sexta-feira (1º), o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF participou da oitava reunião do ano com representantes do Ministério do Planejamento, sem registrar avanços, segundo os sindicatos da categoria. Os dirigentes sindicais das 32 entidades dos servidores que compõem o Fórum propuseram a flexibilização do índice de reajuste reivindicado, o que ainda não foi respondido pelo governo.

Professores em greve

A greve dos professores das instituições federais de ensino completou 18 dias nesta segunda-feira (4). Desde a deflagração da paralisação nacional por tempo indeterminado, em 17 de maio, docentes de 49 instituições já suspenderam as atividades.

Fonte: Andes e UNE